Uma estrutura voltada não só à qualidade técnica de som, mas também na carreira artística. Esse é o foco da MS Produções Artísticas, gravadora e produtora musical que inaugurada quinta-feira (18) em Curitiba.
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Com investimento de R$ 2 milhões, o empreendimento tem à frente o engenheiro agrônomo Marcelo Scutti, 53 anos. Após trabalhar 30 anos nas áreas de marketing e acesso ao mercado na empresa de insumos agrícolas da família, o empresário decidiu transformar o hobby da música em negócio.
A MS Produções Artística começa com quatro clientes. Entre eles a banda de rock Malta, de São Paulo, vencedora do programa de talentos Superstar, da Globo, em 2014, e o cantor curitibano Betto Zanchi.
Fã de rock clássico dos anos 1960 e 1970 e guitarrista amador, Scutti empreendeu pela primeira vez no ramo artístico em 2018, quando inaugurou a escola Harmonia Espaço Musical, no bairro Hauer. De lá para cá, em especial nos dois últimos anos, o agrônomo estudou o mercado da música para investir na gravadora/produtora.
Música como negócio
Com o novo empreendimento, o empresário pretende não só entregar gravações de alta qualidade, mas também traçar planos de negócios dos artistas. O objetivo é captar interessados em investir na carreira dos músicos em troca de resultado financeiro.
"Além de produção e gravação, vamos trabalhar com gestão artística. Porque o que mais acontece é o músico compor, fazer a melodia, gravar e depois não saber o que fazer com a música e nem com a própria carreira", aponta Scutti.
"Sou músico de coração. Mas enxergo na música um grande negócio. No Brasil ainda tem aquilo de a pessoa dizer que é músico e perguntarem 'é músico mas trabalha com o quê? 'O artista tem que se enxergar como um empreendedor, pensar que tem sim que se envolver na parte de negócios para poder viver da sua própria arte", complementa.
Para gerir a carreira dos músicos, além de técnicos de estúdio e produtores musicais, a MS Produções Artísticas tem equipes de três áreas de gestão: comercial, para venda de shows e eventos, mídias sociais, além de profissionais voltados para o gerenciamento das músicas em plataformas de streaming.
"É um acompanhamento de carreira 360 graus. Essa equipe de streaming, por exemplo, vai registrar, criar código e habilitar músicas nas plataformas, além de avaliar o investimento que precisa ser feito para que as canções ganhem destaque", explica Scutti.
Equipamentos de ponta
Boa parte dos R$ 2 milhões investidos por Scutti é em tecnologias de gravação lançadas recentemente nos Estados Unidos, de onde foram importados 80% dos equipamentos. Com cinco salas de gravação e três de produção, o estúdio é zero decibéis - ou seja, não deixa escapar o som, o que aumenta a qualidade da gravação.
Além da parte de estúdio, a estrutura de 1,2 mil metros quadrados conta ainda com um sobrado de três quartos capaz e abrigar de cinco a seis pessoas. A ideia é de que os músicos façam um imersão no período de gravação, se hospedando ao lado do estúdio.
No total a empresa começa com oito colaboradores, capazes de gerenciar a carreira de até oito artistas. O plano é aumentar a equipe conforme a demanda avance.
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