Líder no segmento, empresa do PR projeta faturamento bilionário com energia solar

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A cifra é alta: R$ 3 bilhões. Com um planejamento ousado de faturamento para o próximo ano, uma empresa de Maringá vem se isolando no mercado fotovoltaico brasileiro.

Em junho, a Aldo Solar chegou aos 150 mil equipamentos comercializados de energia solar. Pode parecer pouco, mas o feito da empresa coloca os maringaenses como o maior distribuidor do segmento no Brasil, com 30% do mercado – dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam para pouco mais de 500 mil equipamentos comercializados no país.

O alto número de equipamentos vendidos foi alcançado no sexto ano em que a empresa atua no segmento. Fundada em 1982 por Aldo Pereira Teixeira, ainda hoje presidente, a empresa construiu sua história com soluções de tecnologia: primeiro, analógicas, com a venda de peças de tevês e rádios; depois, com fabricação e venda de itens no segmento de tecnologia da informação, como computadores e componentes.

Nos últimos anos, no entanto, são os kits de energia solar responsáveis pelo grosso do faturamento da marca (cerca de 90% dos mais de R$ 1 bilhão anuais faturado). Hoje, são mais de 20 mil modelos de geradores em seu e-commerce. Tanto sucesso levou a empresa a construir uma megaestrutura em Maringá, com 23 mil metros quadrados de espaço, 16 mil deles de área construída, e garagem solar com abastecimento de carros elétricos.

Mas a empresa espera chegar mais longe. Em 2022, quando completa 40 anos, a empresa quer faturar R$ 3 bilhões e ter comercializado o equivalente a 2,4 GW de potência instalada – mais de 25% do que o Brasil todo vai ter instalado no fim daquele ano, segundo projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Apesar disso, a Aldo mantém um pé firme nos computadores. Enquanto os equipamentos solares são apenas distribuídos pela marca maringaense, os computadores, notebooks, periféricos e outros componentes são também fabricados pela empresa. De 2002 para cá, a paranaense fechou parceria com importantes marcas da área, como Intel, HP e Microsoft. Esse relacionamento ajudou, anos mais tarde, em 2009, a empresa a se tornar uma indústria do segmento.

Neste ano, por exemplo, a aposta da empresa é uma parceria estratégica com a Intel para vender modelos de computadores da empresa norte-americana pequenos, eficientes em gasto de energia e com capacidade de conexão, os Mini PCs Intel NUC.

Carlos Coelho

Jornalista da Gazeta do Povo desde 2007, edita o blog Paraná S.A e escreve sobre economia e política paranaenses. Atuou como editor de Mundo, Tecnologia, Economia e Gastronomia, além de participar das coberturas de Eleições, Copa do Mundo e Olimpíada. Estuda MBA em Ciência de Dados e Análises na USP

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