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Aos 25 anos, DomPé arruma a casa para expansão física e online em 2020

Os irmãos Flávia e Fábio Calzolaio, a frente da DomPé desde 2012: Foto: Jonas Rebicki. (Foto: )

Há 25 anos calçando os pés dos curitibanos, a sapataria DomPé entrou em uma nova fase em 2019. À frente do negócio desde 2012, os irmãos Fábio e Flávia Calzolaio, da terceira geração da família, sentiram que o negócio precisava de um chacoalhão para continuar firme em um mercado cada vez mais concorrido, especialmente com a expansão do e-commerce.

O pontapé da mudança começou justamente pelo comando da empresa, com a modernização dos processos de gestão e foco total no que Fábio define como o novo comportamento do consumidor.

“Em um segmento tradicional em que várias lojas vizinhas trabalham do mesmo jeito, a guerra de preços costuma ser o único diferencial entre a concorrência, mas isso já não atrai mais o consumidor como antes”, diz ele.

A saída foi buscar ajuda para entender melhor o que os compradores buscam e, assim, elevar a qualidade do atendimento. Para isso, a DomPé contratou uma startup, a EagleUP, cujo aplicativo faz a análise comportamental dos clientes que vão até as unidades. Eles querem entender porquê uma fatia importante deles deixa a loja de mãos vazias e, com isso, reduzir as vendas perdidas por falta de produtos, por exemplo. A cada atendimento o vendedor indica no aplicativo o que o cliente estava procurando e os motivos de não ter efetuado a venda. “Isso nos ajuda a ver onde estamos acertando e, principalmente, errando”, diz Fábio.

O resedenho do negócio também inclui planos de botar nas prateleiras das unidades da DomPé em Curitiba duas marcas próprias, uma masculina e outra feminina, que levarão a assinatura Calzolaio. Os produtos, inclusive, já foram testados na coleção Primavera/Verão do ano passado com boa aceitação do público. Agora, a meta é lançá-los para valer no segundo semestre, com investimento forte em marketing. Ao todo, entre criação e produção, Fábio estima um investimento de R$ 200 mil para colocar no mercado cerca de mil pares de sapatos das duas marcas, com cinco modelos cada uma.

“Apesar de praticarmos um bom preço, não dá mais para concorrer apenas com esse quesito. Uma das alternativas foi reforçar o trabalho multimarcas, mas lançar também marcas próprias”, diz Calzolaio. No processo de modernização a DomPé tem reinvestindo 10% do faturamento nas próprias lojas – só em mercadorias de marcas mais “descoladas” foram mais de R$ 1 milhão.

Segundo Fábio, a DomPé foi a primeira sapataria a fechar recentemente com a Under Armour e voltou a vender New Balance e Fila, reforçando o mix de cerca de 40 marcas que vai desde as mais populares até gigantes como Nike e Adidas. O objetivo é, aos poucos, encerrar a venda de marcas de menor expressão.

“Se for para ter produto desconhecido na DomPé, queremos focar nas nossas marcas próprias”, diz Calzolaio.

Fábio e a irmã Flávia, aliás, levam no sobrenome o DNA da profissão herdada do avô paterno. Calzolaio é sapateiro em italiano. O avô veio ao Brasil depois da Segunda Guerra e, após passar pelo Nordeste, Mato Grosso e Argentina, veio morar em Curitiba. Aqui abriu o Mercado dos Calçados que, mais tarde, virou a Domeni Calçados e, em 1994, a DomPé.

Expansão à vista

A empresa que já chegou a ter oito lojas em Curitiba e Região Metropolitana hoje tem quatro unidades, nos bairros Centro, Bom Retiro, Água Verde e Sítio Cercado. Com modernização do negócio, Fábio considera expandir a DomPé em Curitiba nos próximos dois anos por meio da abertura de lojas das marcas próprias ou unidades multimarcas mais enxutas voltadas para públicos específicos, por exemplo. Além disso, está de olho no e-commerce.

Com cerca de 50 funcionários, a empresa mantém um estoque de 70 mil itens avaliado em cerca de R$ 4 milhões de produtos. Depois de arrumar a casa neste ano, meta da DomPé é crescer 30% em 2020 e 2021.

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