Após os efeitos no caixa e na imagem causados pelo envolvimento nos esquemas de corrupção revelados pela Operação Lava Jato, a Nova Engevix – como foi rebatizada há cerca de dois anos a Engevix – tem apostado no Paraná como um dos estados-chave para se reerguer. No estado, a empresa reabriu sua filial, fechada há alguns anos, enquanto mantém R$ 15,6 milhões em contratos para obras de saneamento básico, incluindo a esperada barragem do Miringuava.
O grupo começou uma derrocada em 2014, quando foi apontado como um dos conglomerados envolvidos no esquema de propina da Petrobras. O martírio da empresa durou até 2019, quando assinou acordo de leniência no valor de R$ 516 milhões. Nesse período, a empresa viu seu faturamento despencar. Antes acostumada a ver cifras acima de R$ 1 bilhão no fechamento anual, a Nova Engevix bateu apenas R$ 106 milhões faturados em 2020.
Na sua busca de recuperação, a empresa passou por reestruturação e aponta investir em compliance e governança. Nos negócio, tem apostado no setor energético e em obras de saneamento pelo Brasil. Vem deste segundo campo, aliás, 40% do faturamento anual do braço de engenharia da empresa. Recentemente, ele ganhou corpo com contratos assinados com a paranaense Sanepar. O principal deles é para elaboração do plano de segurança e o monitoramento da Barragem do Miringuava, em São José dos Pinhais. A obra é uma das mais esperadas para amenizar as seguidas crises hídricas na região metropolitana de Curitiba (RMC).
O olho estratégico para o estado levou a empresa a reabrir sua unidade em Curitiba, onde pretende ficar mais próxima de Copel e Sanepar, estatais com as quais já desenvolveu projetos. A Nova Engevix, que hoje tem R$ 16,6 milhões em contratos no estado, espera aumentar esse volume em 20% ainda em 2021.
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