Após firmar parceria com uma gigante francesa, um grupo curitibano que atua no ramo de energia prepara voos altos. A Argon Energia, que atua na geração e comercialização energética, deve começar a erguer no segundo semestre três usinas fotovoltaicas no estado para atender a telefônica Vivo, em um investimento que beira os R$ 84 milhões e que vem sendo desenvolvido desde o ano passado.
De acordo com Leonardo Ragnini, sócio-fundador e diretor executivo do braço comercial da Argon, a empresa deve atender as necessidades energéticas da Vivo também em outros estados. “A gente conseguiu fechar um contrato de longo prazo para atendê-los em vários estados e principalmente no Paraná. Boa parte da carga deles está em baixa tensão. São unidades iguais a essas residenciais. Nesse segmento vamos atender a carga inteira deles no estado”, explica.
Somente por aqui, serão de 50 a 60 hectares de área só de placas fotovoltaicas instaladas em cidades do Oeste e Norte paranaense, o que tornaria este o maior complexo fotovoltaico para geração distribuída do Sul do país.
A prestação de serviço para a Vivo só foi possível graças, aponta Ragnini, a uma parceria estratégica. A empresa curitibana firmou uma joint venture com o grupo francês Voltalia, que atua em projetos de energia pelo mundo e pertence aos mesmos controladores de gigantes do varejo, como a Leroy Merlin e a Decathlon.
"Fizemos toda a negociação com a telefônica e o investidor [A Voltalia]. Eles já atuam no Brasil com fonte eólica, são os maiores no país atualmente. Eles vão entrar com boa parte do capital para a gente construir as três usinas e atender a telefônica”, indica.
Para o executivo, a parceria abre grandes oportunidades para outros projetos no estado. “A gente visualiza mais oportunidades de negócios por aqui. São alguns movimentos [que garantem o otimismo]. O primeiro deles é o fato de as empresas estarem procurando economia e profissionalização de gestão. Também há o fato de uma demanda por energia cada vez maior. Agora que a está em cenário de crise hídrica, observamos até comentários sobre possível racionamento [de energia]. Com a nossa economia voltando a crescer, essa demanda continuará muito alta”, destaca.
"E olhando pelo lado de investidor, os projetos neste setor de infraestrutura são de longo prazo e com rendimentos muito estáveis, o que é bastante atrativo”, conclui.
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