A Associação Comercial do Paraná (ACP) vai lançar, no próximo dia 5 de abril, uma plataforma online de venda para suas mais de 12 mil empresas associadas. O novo marketplace se chama BomPlace, e conta com vantagens tanto para as grandes marcas quanto para os pequenos empreendedores. A principal dessas vantagens é o baixo custo de comissão cobrado sobre as vendas, que segundo os criadores da plataforma serão pelo menos três vezes menores do que as taxas praticadas no mercado.
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Em entrevista à Gazeta do Povo, o presidente da ACP, Camilo Turmina, disse que o projeto custou cerca de R$ 500 mil e começou a ser discutido em 2021, “quando a pandemia estava dando aqueles sinais de piora”. Foi uma saída encontrada para ajudar os comerciantes que tiveram que manter suas portas fechadas por tanto tempo, e que agora na retomada terão esse suporte para aumentar exponencialmente seus clientes em potencial.
“Nosso foco é estender a mão, é dar um socorro aos pequenos associados. São aqueles que sobreviveram até agora às custas de vendas pelo WhatsApp, em troca de mensagens e e-mails. Sem poder abrir, tiveram que aprender às pressas como vender pela internet. Agora, terão um caminho mais pavimentado, mais estruturado para seguir em frente”, disse o presidente.
Ideia é abrigar grandes e pequenos negócios
Mais do que uma vitrine para os pequenos negócios do estado, o BomPlace quer disponibilizar uma vasta gama de opções aos consumidores. Por isso, grandes marcas e negócios já estabelecidos no meio digital também serão bem-vindos à nova plataforma, garantiu Turmina.
“Vamos começar pela nossa base, e o objetivo é evoluir de maneira orgânica, entre os nossos próprios associados. É melhor estarmos todos nós juntos em um mesmo local do que espalhados, cada um em um local, e ainda pagando a mais por isso”, comentou.
A avaliação é a mesma do diretor da Explay, empresa responsável pela criação do BomPlace, Daniel Filla. Ele lembra que o pré-cadastro dos empreendimentos já está disponível na plataforma, e reforça que o espaço está aberto para todos os associados da ACP.
“Queremos atender portes diversos de lojas, desde os maiores até os pequenos. Temos um cuidado grande com os pequenos, mas também estamos confiando nos grandes a tarefa de tornar o marketplace atrativo e assim gerar tráfego. É como em um shopping, onde os clientes acabam encontrando várias ofertas. Quanto mais opções disponíveis, maior o leque de escolhas”, comparou.
BomPlace terá soluções completas e taxas mais baratas
O diretor deu mais detalhes à reportagem sobre como vai funcionar o BomPlace. De acordo com Filla, o ponto mais atrativo para os vendedores é a facilidade de encontrar soluções completas dentro do próprio marketplace, desde a vitrine virtual até a certeza de que o comprador vai receber os produtos dentro do prazo combinado.
“Quem monta uma loja sozinho tem que arcar com altos custos para cada uma das etapas, desde a escolha do cliente até o envio. Vai ter que pagar pelos anúncios, pela hospedagem e manutenção da loja virtual. Vai ter que contratar uma plataforma de pagamentos e outra que garanta a logística desde a loja até o cliente. E vai pagar preço cheio por isso. No BomPlace não, mesmo os pequenos já entram com taxas reduzidas, como se fosse uma rede gigante”, explicou.
Taxas reduzidas também são apontadas pelo presidente da ACP como um destaque do BomPlace. Segundo ele, as opções existentes no mercado cobram valores que tornam o processo de venda praticamente inviável, tanto para os grandes quanto para os pequenos negócios.
“Os sites famosos mais baratos cobram 30%, 35% da venda como comissão. Mas tem outros em que essa taxa chega a quase 40%. É quase metade do valor que o vendedor tem que pagar como comissão de venda. Na criação do BomPlace um de nossos focos foi tornar esse custo mais competitivo e atraente para os nossos associados. Vamos trabalhar com taxas de administração entre 8% e 10%, no máximo”, revelou Turmina.
Projeto contará com uma base de 250 mil compradores em potencial
Para fechar a conta e garantir viabilidade ao negócio, Daniel Filla aponta qual será a estratégia do BomPlace. A ideia, explica o diretor, é contar com os associados da ACP como potenciais clientes do marketplace. Segundo ele, são cerca de 30 mil CNPJs vinculados, direta ou indiretamente, à associação. Ligados a essas empresas estão, nas contas de Filla, um público total de cerca de 250 mil pessoas, que contarão com benefícios diferenciados dentro da plataforma.
“Nós somos um marketplace que já nasce com uma base de 250 mil compradores potenciais. Nós usamos os canais da ACP, redes sociais, e-mails, certificação dos logins de todas essas pessoas. Os não associados também são bem-vindos na nossa plataforma, mas o associado terá vantagens exclusivas, como desconto em taxas, cashback, detalhes adicionais que podem estimulá-lo a comprar no BomPlace. Considerando todo o ecossistema da ACP, nós vamos conseguir fazer o site girar pagando menos pelo tráfego, e assim vamos poder repassar custos muito inferiores aos vendedores”, detalhou.
“Nesses outros marketplaces, qual é a vantagem para o vendedor? Ele vai precisar aumentar o preço para compensar o que paga de taxa de comissão, e aí o valor fica inviável para o comprador. Por isso chamamos de BomPlace, porque é bom para o vendedor e bom para quem compra”, concluiu o presidente da ACP, Camilo Turmina.
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