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O Paraná registrou aumento de 15% nas exportações no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, o saldo da balança comercial fechou desfavorável, já que o estado importou um volume financeiro maior do que o exportado nos seis primeiros meses do ano.
Enquanto que as exportações fecharam perto de US$ 10,6 bilhões, o montante trazido de fora ficou em aproximadamente US$ 10,7 bilhões. O déficit total foi de US$ 123 milhões na economia paranaense.
Apesar do resultado, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) enfatiza que a atuação do estado no mercado internacional segue forte. Tanto que fechou o mês de junho com 7% de aumento nas exportações em relação a maio, totalizando US$ 2,1 bilhões negociados no mês.
"O que pode explicar o saldo negativo neste primeiro semestre é que, diante das dificuldades remanescentes da pandemia e as geradas pela guerra na Ucrânia, houve elevação no preço de vários produtos no mercado internacional”, justifica o economista da Fiep Evânio Felippe em nota.
O economista explica que o efeito desse cenário é escassez de matéria prima no mundo todo, o que vem forçando a indústria a antecipar a compra desses produtos para garantir a entrega no prazo necessário e a um preço mais reduzido. “Isso resulta em um volume maior de compras no exterior, gerando esse descompasso no saldo da balança comercial paranaense”, analisa o economista da Fiep.
O Paraná segue na sexta posição dos estados no ranking de exportações, com 6,4% do total de mercadorias negociadas para outros países. Já nas importações, o Paraná ocupa o quarto lugar no ranking, respaonsável por 8,4% de tudo o que é trazido do exterior para o Brasil.
Destino das exportações do primeiro semestre
O estado concentra praticamente metade das exportações para cinco países: China, Estados Unidos, Rússia, Paraguai e Alemanha.
Sozinha, a China representa 24% do destino das vendas internacionais paranaenses. Por sinal, no primeiro semestre o gigante asiático aumentou em 51% o volume de compras no Paraná.
Na segunda colocação vêm os Estados Unidos. Como comparação, o volume de compras dos americanos é metade do chinês, com 12% das exportações.
A Rússia é o terceiro país que mais compra do Paraná, mesmo com a guerra na Ucrânia. O país liderado por Vladimir Putin ficou com 4,4% das exportações no primeiro semestre. Na sequência vêm empatados Paraguai e Alemanha, cada um com 4,3% das negociações internacionais do Paraná.
Soja segue disparada no topo das exportações
A soja segue firme no topo dos produtos mais exportados pelo Paraná. A venda do grão representou 29% do volume negociado pelo estado em outros países no primeiro semestre. Bem atrás, vêm as carnes na segunda colocação, com 18,4%. Madeira (9%), material de transporte (7,7%) e celulose e papel (4,2%) são os outros produtos que compõem o top 5 de exportações.
Já o produto mais comprado do exterior pelo Paraná são os químicos, com 40% das importações paranaenses. Também bem atrás, vem o petróleo, ocupando a segunda colocação com 11%. Material de transporte (9,8%) é o terceiro mais importado, enquanto que materiais elétricos/eletrôicos e produtos mecânicos empatam na quarta colocação com 8,8%.