A balança comercial do Paraná fechou com saldo positivo de quase US$ 190 milhões em agosto, mas segue oscilando ao longo do ano.
Siga as últimas notícias de negócios no estado pelo Linkedin da Paraná S/A
Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), o mês passado fechou com US$ 2,27 bilhões negociados para o exterior. O volume é 12% maior em relação a julho e 35% maior no comparativo anual com agosto de 2021.
Já as importações fecharam agosto em US$ 2,08 bilhões. A aquisição de produtos do exterior também teve aumento: 2% acima de julho e 44% na comparação com agosto do ano passado.
No acumulado do ano, o saldo da balança comercial de janeiro a agosto é 96% menor do que no mesmo período de 2021. Mês a mês o resultado vem oscilando e em apenas três o saldo foi positivo.
Na avaliação da Fiep, a oscilação é explicada pelas dificuldades macroeconômicas causadas pela pandemia e a guerra na Ucrânia. “O valor das importações aumentou muito porque os preços de insumos e matérias-primas da produção ficaram mais caros no mercado internacional. Mesmo as exportações tendo crescido, o percentual de alta das importações é bem maior, o que explica o saldo da balança comercial paranaense bem menor em 2022 na comparação com o ano passado”, explica o economista da Fiep Evânio Felippe.
A taxa de câmbio também influencia na oscilação. Quanto maior a cotação do dólar, melhor é para o exportador. Do outro lado, quando a moeda brasileira se valoriza o produto nacional perde competitividade no exterior.
Em agosto, a taxa média do dólar ficou em R$ 5,1433, redução de 4,2% em relação a julho e de 2,1% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Mais vendidos e mais comprados de fora
A indústria de transformação foi a que mais exportou no Paraná em agosto, com 78% de todas as negociações. Nas importações, o setor tem fatia ainda maior, com 93% das negociações.
As commodities seguem no topo das exportações paranaenses. Em agosto, 27% dos produtos enviados a outros países eram soja. Na sequência vieram carnes (17%), material de transporte (8%), açúcar (7%) e madeira (6%).
Nas importações, os produtos químicos continuaram à frente em agosto, com 35% das negociações. Na sequência vieram petróleo (13%), material de transporte (12%), produtos mecânicos (8%) e materiais elétricos e eletrônicos (6%).
Para onde vendeu de onde comprou
A China segue como principal destino das exportações e da origem das importações paranaenses
O país asiático comprou 16% de tudo o que foi negociado pelo Paraná para 167 países em agosto. A Argentina vem na segunda colocação com a metade do volume vendido para China: 8%. Na sequência fechando o top 5 das exportações de agosto vem Estados Unidos (7%), Irã (65) e Holanda (45).
Nas importações, a China enviou 31% de tudo o que foi comprado de 131 países mês passado. Em seguida aparecem Estados Unidos (16%), Argentina (6%), Paraguai (4%) e Alemanha (3,5%).
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião