Complexo industrial da fabricante de fertilizantes Brandt em Cambé vai ser o mais moderno da multinacional que opera em 65 países.| Foto: Divugação Brandt
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Com investimento de R$ 95 milhões da matriz nos Estados Unidos, a fabricante de fertilizantes agrícolas Brandt inaugura na tarde desta quinta-feira (14) em Cambé, Norte do Paraná, a segunda fábrica no Brasil. A unidade vai gerar 80 empregos diretos, mais 170 indiretos.

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Com 70 mil metros quadrados de área total, o Complexo Industrial Glen Bandt - homenagem ao fundador da marca - inicia a operação produzindo 20 milhões de litros de fertilizantes por ano e já com plano de expansão. A meta é dobrar a capacidade em três anos, alcançando 40 milhões de litros em 2025.

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A inauguração em Cambé faz parte do plano da Brandt de buscar ao longo da década 5% de participação nas vendas de nutrição vegetal. A marca já detém 3% desse mercado, que movimenta R$ 10 bilhões por ano no país. Além da nova unidade na Região Metropolitana de Londrina, a Brandt opera no Brasil desde 2015 com a fábrica em Olímpia, interior de São Paulo.

A unidade de Cambé vai produzir fertilizantes para todo o país. Porém, o foco será nos três estados do Sul mais o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

"Escolhemos Cambé pela facilidades operacionais. Há uma concentração de soluções no entorno de Londrina, tanto logística, pela proximidade com esses estados, como de mão de obra especializada na produção de fertilizantes", argumenta o presidente da Brandt do Brasil, Wladimir Chaga.

Pandemia atrasou inauguração

O plano inicial da Brandt era ter inaugurado o complexo industrial de Cambé um ano atrás. Porém, os impactos da pandemia atrasaram o processo.

Chaga explica que a crise sanitária atrasou tanto a construção da nova planta quanto a instalação do maquinário que vai produzir os fertilizantes. "Os projetos dessa nova unidade ficaram parados cerca de oito meses. O primeiro impacto foi da construção civil, com falta de insumos. Na sequência, nossos fornecedores não deram conta de entregar no tempo previsto o maquinário também pela alta demanda", explica o presidente da Brandt no Brasil.

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O executivo cita o exemplo de uma das máquinas já instaladas na nova unidade, o reator. Normalmente, a indústria levava de 60 a 90 dias para entregar esse equipamento. Com a pandemia, a espera chegou a oito meses.

"Agora o complexo de Cambé vai ser inaugurado com todo o maquinário, pronto para iniciar a produção, nos moldes da indústria 4.0", enfatiza o presidente, citando o conceito que engloba tecnologias avançadas tanto na produção como na logística.