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A Coamo Agroindustrial Cooperativa inaugurou uma indústria de rações e lançou a pedra fundamental da indústria do etanol de milho, em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná.
A indústria de rações tem um investimento de R$ 178 milhões e a de etanol uma previsão de R$ 1,67 bilhão. Com os dois empreendimentos, a Coamo passa a industrializar a produção de milho dos mais de 31 mil cooperados, como já faz com a soja, café, trigo e algodão.
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“Estamos inaugurando a fábrica de ração e iniciando a de etanol, dentro de um planejamento nosso de industrialização do milho, que era o último produto dos nossos cooperados que ainda não era processado”, disse o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini.
Segundo Gallassini, trata-se de um importante benefício para a melhoria do potencial produtivo na área de nutrição animal. “É um momento especial para a Coamo e seus cooperados. É com certeza um grande serviço que estamos prestando aos produtores que encontrarão rações em todas as unidades da cooperativa”, comenta.
Planta de etanol
Prevista para ser inaugurada no segundo semestre de 2026, a planta de etanol será a primeira do estado a utilizar o milho como matéria-prima. Até o momento, a cooperativa não tinha um processo completo de industrialização do grão, que passou a ser mais consumido dentro da nova indústria de rações, utilizando 2% daquilo que ela recebe. Com a usina de etanol, esse percentual deve saltar para 20%, impactando positivamente a agregação de valor aos produtos dos cooperados.
A nova planta terá capacidade para produzir 765 metros cúbicos de etanol hidratado por dia, 510 toneladas de DDGS (farelo de milho) e cerca de 37,4 toneladas de óleo diariamente. A unidade vai contar ainda com uma usina termelétrica, com capacidade para produzir 30 MW de energia elétrica, suficiente para abastecer todo o parque industrial da Coamo em Campo Mourão.
“Temos um dos únicos parques industriais do mundo com tamanha diversidade de verticalização de produtos agrícolas. A indústria de etanol de milho está com o processo bastante adiantado de aquisição de equipamentos e será um marco, que vai mexer com esse mercado”, afirma o presidente executivo da Coamo, Airton Galinari. “Parte do milho que era ofertado como grão vai passar a ser processada, o que impacta na cadeia de preços, valorizando o produto, transformando em um novo negócio, chegando ao mercado de biocombustível”, destaca.