A aposta na alimentação saudável serviu de barricada para uma empresa da região metropolitana de Curitiba contra o mar revolto que a pandemia trouxe aos negócios. Especializada em alimentos integrais, orgânicos, zero açúcar e sem glúten, a Jasmine cresceu 20% em faturamento (a empresa fatura na casa dos 150 milhões/ano), contratou mão de obra e até planejou novos produtos neste primeiro semestre de 2020, período em que muitas companhias apenas se seguraram para não sucumbirem à quebra no caixa.
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De acordo com o diretor de inovação e transformação da empresa, Rodolfo Tornesi Lourenço, o segredo da Jasmine foi estar bem posicionada em um momento em que as pessoas passaram a se preocupar mais com a saúde e a ter mais tempo para cuidar da alimentação em casa. “O que a gente percebeu foi que a busca pela alimentação saudável, pelos produtos com esse apelo, aumentou”, destaca. “Os produtos consumidos em família, em pacotes maiores, como granola de um quilo, tiveram uma venda muito alta. Nossa linha de cereais para quem quer cozinhar em casa, como aveia, é mais um exemplo”.
A consultoria de negócios Nielsen indicou que a procura por produtos básicos para cozinhar no dia a dia subiu 11% nos últimos meses.
Com cerca de 350 funcionários em sua fábrica em Campina Grande do Sul, escritório em Curitiba e centro de distribuição em São Paulo, a Jasmine viveu uma realidade bem diferente de grande parte das indústrias dos mais diversos segmentos. Lourenço garante que a empresa não precisou demitir. “Pelo contrário. Tivemos até que contratar. Aliás, estamos com vagas abertas. A gente não sentiu [os efeitos da crise sanitária]. Lógico que tivemos que tomar cuidados na fábrica para evitar riscos, suspender os contratos de pessoas mais suscetíveis à doença. [Mas economicamente] O negócio demandou bastante”, destaca.
A tranquilidade abriu espaço para que a empresa pudesse até mesmo desenvolver novos produtos. Neste segundo semestre a indústria deverá lançar uma linha de cookies com apelo infantil – segundo Lourenço, uma demanda que veio dos próprios clientes, que pretendem tornar a alimentação dos filhos mais saudável.
A empresa também deve entrar no segmento dos hambúrgueres sem carne, feitos com proteína vegetal, a aumentar a linha de pães sem glúten. Lições, de acordo com o executivo, aprendidas observando o comportamento das famílias nesses meses turbulentos.
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