Se 2021 destravou investimentos presos em 2020 por conta dos primeiros momentos da pandemia de Covid-19, nenhum segmento fez aportes mais intensos do que o agronegócio e a agroindústria. Turbinadas pelo dólar alto, que favoreceu os exportadores, as empresas voltaram a apostar no crescimento de suas linhas de produção. E isso, é claro, gerou empregos em diversas regiões do estado.
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O ano já começou com um grande investimento no Paraná. Em fevereiro, uma das maiores cooperativas do estado, a Lar, anunciou investimento de R$ 2,412 bilhões até 2024. O montante será aplicado para ampliar a produção de carne suína e de aves. A previsão é que o movimento abra 20 mil vagas de trabalho nas regiões Oeste e Norte do estado, onde a cooperativa atua.
O investimento deverá ser destinado a plantas industriais já existentes da Lar: nas cidades de Santa Helena, Medianeira, Cascavel, Rolândia e Marechal Cândido Rondon.
Outra gigante dos alimentos no Brasil, a JBS, anunciou que vai investir R$ 1,85 bilhões no Paraná até 2025. Pelo anúncio da empresa, em maio, o dinheiro será empregado na construção de uma nova fábrica de alimentos preparados e na expansão e modernização da atual unidade de aves em Rolândia, região Norte do Paraná. O aporte, segundo a empresa, irá gerar 2,6 mil empregos diretos.
Também em maio, a cooperativa C.Vale anunciou que iniciou as obras da nova esmagadora de soja no complexo agroindustrial de Palotina, no Oeste do Paraná. Anunciada em setembro de 2020, a unidade, responsável por transformar o grão em óleo (para a indústria alimentícia) ou farelo (para ração animal), recebeu R$ 552 milhões em investimentos. A esmagadora terá capacidade de processar 2,5 mil toneladas de soja por dia, com possibilidade de ampliação para 3 mil toneladas/dia. A indústria deverá ser concluída em 2023 e sua instalação irá gerar 580 empregos diretos ou indiretos – e mais 1,5 mil postos de trabalho durante a sua construção.
Alguns meses depois, a BRF (dona das marcas Sadia, Perdigão e Qualy) anunciou investimento de R$ 292 milhões na ampliação de suas linhas de produção no Paraná. A gigante dos alimentos está aplicando o montante nas plantas de Toledo, Ponta Grossa, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Carambeí e Paranaguá. Um dos destinos deste aporte foi a retomada da produção de perus na unidade de Francisco Beltrão, finalizada no segundo semestre de 2018. Desde então, a planta se voltou apenas para a produção de frangos. O movimento de retomada tem gerado 400 empregos diretos na região Sudoeste.
A Coamo, de Campo Mourão, maior cooperativa agrícola da América Latina, realizou uma série de investimentos estratégicos para seguir crescendo. Recentemente, em dezembro, inaugurou um armazém de R$ 200 milhões no Porto de Paranaguá. A estrutura tem capacidade de armazenagem de 150 mil toneladas de grãos e farelo e elimina um custo na operação da empresa: o de alugar barracões de armazenagem.
Além dela, a empresa está investindo R$ 81 milhões em uma nova fábrica de ração animal. A construção da estrutura, nas proximidades do parque industrial de Campo Mourão, começou neste ano e o investimento irá gerar 68 empregos diretos e cem indiretos.
Em julho, a catarinense Tirol inaugurou sua fábrica em Ipiranga, no Paraná, a cerca de 170 quilômetros de Curitiba. Com investimento de R$ 152 milhões, a fabricante de laticínios gerou 160 empregos diretos e passou a integrar uma cadeia com 150 fornecedores, fortalecendo a já pujante produção leiteira do Paraná.
No segundo semestre, a multinacional argentina Rizobacter, que fabrica produtos para melhorar a produtividade no campo (como fertilizantes), anunciou a construção de uma nova indústria no Brasil, desta vez em Londrina. A unidade na cidade do Norte do Paraná receberá R$ 40 milhões em investimentos e deverá gerar 130 empregos.
Já o grupo paranaense Zeppone, que trabalha nos segmentos de polpas de frutas e de creme de açaí com as marcas Polpanorte, Origem Açaí e Frutuá, expandiu sua operação no país com a inauguração de uma planta industrial no Pará.
A fábrica - a segunda do grupo - foi instalada no município de Benevides, na região metropolitana de Belém, em uma área de aproximadamente 20 hectares. A estrutura tem capacidade para produção em torno de 6 mil toneladas de produtos derivados do açaí a cada safra. A Zeppone investiu R$ 30 milhões.
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