Motivada pelo crescimento do uso de drones no Brasil, a paranaense Habicad desenvolveu um novo sistema de mapeamento imobiliário para regularização fundiária e urbana com o uso de drones, garantindo um aumento anual na receita de 30%. Há quase três anos, o sistema com drones da empresa de Ponta Grossa tem oferecido informações precisas para prefeituras com processamento de dados para regularização fundiária e do IPTU.
A novidade esse ano é a nova proposta que pretende atualizar os dados da metragem das áreas construídas nas cidades, para atualização de todo o sistema de cobrança do IPTU. O sistema da Habicad combina informações de satélites e drones com o banco de dados das prefeituras. As imagens do drone vão permitir a comparação da área construída com o banco de dados do município, gerando alertas de áreas com construção superior ao cadastrado na prefeitura.
À frente da Habitec, o sócio diretor Rodrigo Bulyk comenta que o novo método tem diminuído em até dez vezes a captura das informações de topografia das cidades. “O drone tem facilitado nosso trabalho. Numa cidade com 100 mil habitantes, a gente consegue fazer em três, quatro meses, todo o levantamento”, exemplifica o sócio diretor. No método anterior, feito com técnicos na rua, a coleta de informações chegava a ser dez vezes mais demorada.
Com levantamento de dados para a gestão pública, a Habicad executou serviços topográficos para mais de vinte cidades do Paraná, entre elas, Ponta Grossa, Maringá, Guaramiranga, Imbaú, Ibaiti, Irati, Califórnia, Palmital e Santa Helena, num total de quase um milhão de metros quadrados mapeados.
Em Santa Cataria, a Habicad prestou serviços com drones para o Instituto Federal de Santa Catarina, no cadastramento dos campi de 15 cidades. Em Itapema, também em Santa Catarina, a tecnologia foi utilizada para um levantamento topográfico do Parque das Capivaras.
Regulamentação para voos
Com regulamentação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o uso de drones no Brasil tem apresentado crescimento nos últimos anos. O número de registros para uso profissional aumentou 51% entre agosto de 2018 e 2019. Um drone só pode ser operado em áreas com no mínimo 30 metros horizontais de distância das pessoas. De acordo com a Anac, o aparelho precisa ser cadastrado e o piloto remoto deve possuir licença e habilitação.