O comércio do Paraná está menos otimista para o segundo semestre de 2022, mostra pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-PR) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
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Pouco menos da metade dos 620 empresários ouvidos na pesquisa está confiante de que o cenário futuro será favorável, totalizando 49,7%. No início do primeiro semestre a confiança do empresariado paranaense era de 65,9%. Enquanto que no início do segundo semestre de 2021 o índice foi de 60,1%.
Por outro lado, aumentou o percentual de empresários que acredita que o cenário vai se estabilizar. O total de 38,7% dos comerciantes acredita que suas empresas vão continuar no mesmo patamar atual, sem crescimento, mas também sem redução nas operações.
Apenas 8,7% dos estabelecimentos preveem que o segundo semestre de 2022 será pior e 2,9% não sabem ou não opinaram.
As microempresas são as mais otimistas para o segundo semestre, com 55,1% de respostas positivas. Já entre os estabelecimentos de médio e grande porte o índice de confiança é de 53,6%, enquanto que entre as pequenas empresas é de 45,7% e entre microempreendedores individuais é de 42,2%.
Inflação é a vilã
A queda no otimismo dos empresários, avalia a Fecomércio-PR, está diretamente ligada ao avanço da inflação. De janeiro a maio, a inflação ficou em 4,78%, ficando 3,5% acima da meta anual. Além disso, os constantes aumentos da taxa de juros contribuem para a desconfiança dos empresários.
As principais dificuldades apontadas para este semestre são o alto custo das mercadorias (34,2%), seguido pela instabilidade econômica (34%), clientes descapitalizados (29,1%) e a carga tributária (23,5%).
Investimentos
A pesquisa da Fecomércio/Sebrae mostra também que o nível de investimentos deve ser um pouco menor neste segundo semestre, numa tendência de estabilidade. 43,5% dos empresários afirmaram que vão investir em seus negócios. No primeiro semestre de 2022 esse percentual era de 44,4%.
O empresário paranaense pretende destinar a maior parte dos investimentos em propaganda e marketing (34%). Na sequência vêm a abertura de novas lojas e novos pontos de vendas (21,3%), reforma e modernização das instalações (20,5%), máquinas e equipamentos (18,7%). Já os tópicos capacitação da equipe, estoques e nova linha de produtos e/ou serviços fecharam todos com 15,7%.
Contratações
A previsão de geração de empregos também é um pouco menor para o segundo semestre. A previsão é de que 34,2% das empresas contratem, índice que era de 37,8% no começo do primeiro semestre.
A maior parte do empresariado pretende manter no segundo semestre o mesmo quadro de colaboradores, totalizando 47,6% na pesquisa. Apenas 6,1% dos estabelecimentos pretendem demitir.
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