A imposição de uma quarentena mais rígida em mais de 130 municípios paranaenses deve impactar o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que no mês de junho reagiu e se aproximava da área de otimismo, acima de 50 pontos, numa escala que vai de 0 a 100.
A pesquisa mensal realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), fechou junho com índice de confiança em 41,7 pontos. A alta do ICEI foi de 9,5 pontos. O indicador de condições cresceu 4,6 pontos e o de expectativas, 11,9 pontos. O resultado ainda ficou abaixo dos 50 pontos, na área de pessimismo, mas melhorou bastante em relação aos dois meses anteriores, abril e maio, em que chegou a 35,4 e 32,3 pontos, respectivamente.
“O mês de abril mediu o impacto das medidas de isolamento, que começaram na segunda quinzena de março. No final de maio, houve relaxamento social e retorno de atividades não essenciais. Agora, verificamos uma trajetória de melhora, o que justifica o crescimento da confiança do empresário com relação aos próximos meses”, disse o economista da Fiep, Evânio Felippe, ainda antes das medidas mais duras de quarentena anunciadas pelo governador Ratinho Junior, nesta terça-feira (30).
Um fator negativo nos primeiros meses de pandemia, e que, espera-se, não se repita no curto prazo, envolve as dificuldades encontradas pelos empresários para acessar medidas emergenciais. “Houve muita dificuldade, especialmente para o micro e pequeno empreendedor, de acesso aos recursos anunciados pelo governo no início da pandemia. Isso certamente afetou seu nível de confiança, mas com novas medidas implantadas, principalmente na questão do crédito, espera-se uma melhora nesse indicador”, segundo o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro.
A incerteza, acentuada agora com as novas medidas restritivas, já era algo que preocupava o presidente da Fiep. “Ainda não é possível cravar uma direção que represente que a economia paranaense está em recuperação. Tudo vai depender de como cada região vai se portar diante da evolução ou contenção do novo coronavírus e das medidas adotadas pelo poder público em cada situação”, avaliou.
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