Pelos próximos cinco anos, a Altma Incorporadora, a HIEX Empreendimentos e a RAC Engenharia vão investir aproximadamente R$ 300 mil* para manter cinco hectares da Reserva Natural das Águas, uma reserva particular de patrimônio natural (RPPN). A reserva pertence à Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação (SPVS) e fica em Antonina, no Litoral do Paraná.
O investimento servirá para compensar totalmente as 2,6 mil toneladas de CO2 que serão emitidas na implantação do edifício residencial Árten, lançado em junho em Curitiba e com previsão de entrega em novembro de 2023. A iniciativa é, conforme os envolvidos, inédita no país.
“Contratamos uma consultoria que aplicou uma metodologia para levantar quanto de carbono estamos emitindo ao longo de todo o processo produtivo do empreendimento, desde a construção”, diz o diretor de incorporação da Altma, Gabriel Falavina Dias.
Ele explica que, em geral, quando as empresas da construção civil buscam compensar as emissões de carbono de novos empreendimentos, isso é feito considerando apenas o tempo de uso da edificação - e o passivo gerado pela construção fica sem compensação.
Com o levantamento da consultoria em mãos, as empresas responsáveis pelo projeto procuraram a SPVS, que já trabalha com projetos de compensação de emissões de carbono por meio do investimento em manejo de alta qualidade de reservas naturais, em vez da compra de créditos de carbono.
“Apesar de serem RPPNs, essas áreas ainda sofrem pressão. Então, os recursos serão usados para fiscalização, incremento da área plantada, e plantio de mais espécies, se for necessário, para mantê-la o mais conservada possível. Com isso, os estoques de carbono se mantêm ou até aumentam”, explica o coordenador de programas da SPVS, Nicholas Kaminski.
Iniciativa se refletiu também em vendas
Além de servir para tornar o empreendimento mais sustentável, que é o objetivo principal, a iniciativa tem trazido retorno positivo em relação às vendas do Árten.
Conforme Dias, em torno de 20% dos clientes compradores de unidades no empreendimento chegaram ao empreendimento devido à identificação com a questão da sustentabilidade.
“Das pessoas para quem vendemos, teríamos perdido 20% se não tivéssemos essa preocupação. É gigantesco imaginar que houve mais procura por um imóvel, convertida em venda, por causa disso”, avalia.
*Valor total do investimento no projeto de compensação de emissões de carbono do edifício. Parte deste valor será destinado ações no próprio projeto construtivo pra garantir a sustentabilidade do projeto, como a instalação de placas fotovoltaicas, por exemplo.
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