Com 62 anos de operação, a cooperativa Capal fechou o primeiro semestre de 2022 com receita bruta de R$ 2,1 bilhões e investimentos que alcançaram R$ 109,1 milhões.
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A cooperativa, criada em 1960 por 21 produtores rurais da colônia holandesa de Arapoti, na Região dos Campos Gerais, tem hoje 3,4 mil associados em 21 unidades de negócios no Paraná e São Paulo. A cadeia agrícola representa 65% das operações da Capal, produzindo 862 mil toneladas de grãos por ano, principalmente soja, trigo, milho e café, produzidos em mais de 163 mil hectares de terras. Já a produção de leite é de 12 milhões de litros por ano oriundos de 320 produtores.
O presidente executivo da Capal, Adilson Roberto Fuga, destaca justamente a produção de grãos pelo crescimento. No primeiro semestre, a cooperativa produziu mais de 615 mil toneladas. Já a produção de leite nos seis primeiros meses do ano ficou em 64 milhões de litros comercializados. “Essa produção é refletida em investimentos nas unidades da cooperativa", enfatiza Fuga.
Na matriz em Arapoti, por exemplo, estão sendo construídos dez novos silos, sei para armazenamento de grãos e quatro para matérias-primas para ração, além de montagem final de novo secador de grãos. Na cidade paranaense de Wenceslau Braz, são mais um novo armazém de sementes com mais de 9 mil metros quadrados e infraestrutura para tratamento de sementes, ensaque e expedição.
Também estão recebendo melhorias as unidades da Capal de Curiúva e Santana do Itararé, ambas no Paraná. Todas as obras em andamento serão concluídas ainda em 2022.
Maltaria e queijaria
A cooperativa tem como investimentos consolidados a Unidade Industrial de Carnes (que produz a marca Alegra), a Unidade de Beneficiamento de Leite (marca Colônia Holandesa) e o Moinho (farinha de trigo Herança Holandesa).
A Capal também integra o sistema de intercooperação Unium com a Frísia e Castrolanda. A associação dessas cooperativas participa de dois dos maiores empreendimentos dos últimos anos no Paraná: a Maltaria Campos Gerais e uma queijaria, ambas em Ponta Grossa.
Com aporte bilionário, a maltaria é um dos maiores investimentos industriais do estado nos últimos quatro anos, no valor de R$ 3 bilhões. A Capal participa do projeto pela Unium em associação com outras três cooperativas: Agrária, bom Jesus e Coopagrícola.
A planta vai fornecer malte para cervejarias de todo o Brasil, criando 3 mil empregos diretos e beneficiando outras 12 cooperativas. A maltaria começa a operar em 2028, mas deve ter produção plena em 2032.
Já a queijaria tem investimento de R$ 460 milhões e o projeto é totalmente da Unium. A unidade vai produzir 96 toneladas de produtos e subprodutos de leite por dia, com a geração de 66 empregos diretos e 1.570 indiretos.
Sustentabilidade
Considerada uma cooperativa sustentável, eficiente e com altos índices de produtividade, a Capal tem cooperados e colaboradores que trabalham pelos valores cooperativistas. “Conseguimos, nessas mais de seis décadas, não apenas focar no campo, mas na transformação do que é produzido. Geramos maior valor agregado ao cooperado e qualidade final ao consumidor”, destaca Fuga.
Na prática, isso envolve diferenciais como assistência técnica amparada pela tecnologia, produção maior pelo menor custo. Isso acontece por meio da pesquisa oferecida pela Fundação ABC para ver quais os produtos agrícolas mais adequados para cada tipo de problema que ele pode enfrentar no campo.
Outro diferencial é que a cooperativa faz toda a movimentação, adquire produtos para fornecer aos cooperados e comercializa a produção do produtor rural pelo melhor preço possível. “No final de cada ano, apuramos as sobras e parte, algo em torno de 30% a 35% do resultado final, a cooperativa devolve ao cooperado. Em 2021, a devolução de sobras foi de R$ 60,8 milhões”, completa o diretor.
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