Com o início do envio de filés para os Estados Unidos, a Copacol entrou de vez no mercado de exportações de peixe. E com uma meta ousada de diversificar o seu negócio e procurar novas oportunidades fora do Brasil, de acordo com o presidente da cooperativa, Valter Pitol.
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A exportação para a América do Norte começou em setembro. De início, são 700 quilos de filés por semana. “Abatemos na terça-feira e na quinta à tarde já está nas gôndolas dos mercados nos Estados Unidos”, destaca Pitol. A previsão, segundo ele, é que esse volume aumente aos poucos, mas sem uma meta pré-estabelecida. “Quanto vamos fazer é o mercado que vai dizer, assim como novos mercados [onde irão atuar]. Essa é a primeira experiência e a gente espera fazer outras no mercado internacional”, destaca o presidente da cooperativa.
Antes dos primeiros envios de filés, a Copacol exportava apenas pele e escama de peixe para a China. A produção era toda consumida pelo mercado interno. “Você vai crescendo. O mercado doméstico é importante, mas você tem que ir em busca de novos mercados. Já faz uns dois anos que negociávamos com os Estados Unidos”, destaca Pitol.
A empresa é uma das gigantes na pscicultura brasileira. De acordo com a Associação Brasileira de Piscicultura, a produção de peixes no país foi de 432 mil toneladas em 2019. O Paraná respondeu por 146 mil toneladas desse montante, sendo que 42 mil toneladas saíram da produção dos cooperados Copacol.
De acordo com a cooperativa, mais de 1 mil pessoas estão envolvidas com a piscicultura na empresa, desde assistência técnica, manejo e abate. 230 cooperados atuam na piscicultura. “Os produtores fornecem a infraestrutura (a lâmina de água) e a mão de obra para a criação dos juvenis e dos adultos. Após o crescimento, a cooperativa realiza a industrialização e toda a distribuição. São 600 hectares em lâminas d’água na área de atuação da cooperativa, que devem chegar a 1,1 mil hectares até 2023”, descreve comunicado da empresa.
A industrialização dos peixes é feita em duas unidades, ambas no Oeste do estado. A Nova Aurora processa em média 140 mil tilápias ao dia. Uma segunda unidade, chamada de Toledo, passou a funcionar na última semana, com abate de 20 mil tilápias/dia. Em 2023, a Copacol quer atingir as 220 mil tilápias abatidas por dia, somando as duas indústrias.
A produção de peixes, no entanto, ainda representa 8% do faturamento da cooperativa, cujo principal negócio é o frango (que responde por 62%).
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