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O mercado de locação de imóveis em Curitiba é positivo para investidores, de acordo com o último levantamento do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Secovi-PR. Dos 686 mil imóveis existentes na cidade, apenas 9,4 mil estão disponíveis para locação, de acordo com a estimativa. A oferta é considerada baixa por representar apenas 1,3% do total de unidades no setor.
Para Marilia Gonzaga, vice-presidente de Locação e Administração Imobiliária do Secovi-PR, o cenário é favorável para proprietários e investidores, uma vez que a oferta está baixa e a demanda cada vez maior. O índice de inadimplência, que também é pertinente para o setor, ficou em 1,4% em janeiro, um crescimento de 0,1 ponto percentual (p.p.) se comparado a dezembro de 2023, uma média considerada normal para o período, segunda a especialista.
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“A taxa Selic exerce grande influência sobre as negociações, uma vez que a sua redução favorece o investidor do mercado imobiliário No final de 2022, a Selic estava em 13,75% enquanto, ao final de 2023, caiu para 11,75%”, completa Gonzaga.
Exclusivamente na categoria residencial, a Locação Sobre Oferta (LSO) foi de 26,4% no primeiro mês do ano, um crescimento acentuado na comparação com o mesmo período de 2023, que registrou 17,3%. O aumento de quase 10 p.p. em 12 meses possibilita uma análise do comportamento do mercado.
“Levando em consideração que o Inpespar mostra os índices do volume de imóveis negociados na cidade, esse é mais um ponto relevante para a valorização. Os fatores refletem na alta na velocidade de locação principalmente em imóveis bem localizados e em um bom estado de conservação”, pontua Luciano Tomazini, presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR.
Assim, a taxa de locação também aumenta. O IBGE, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apontou que, em 2022, o percentual de domicílios alugados foi de 21,1%, um crescimento constante desde a edição de 2016 do estudo. “Em Curitiba, o percentual, no mesmo período analisado pelo IBGE em âmbito nacional, foi de 24%. Isso mostra que a capital paranaense está acima da média brasileira e que a busca por imóveis para locação continua alta”, adiciona Tomazini.
Como parte desse movimento, o ticket médio dos imóveis sobe. Em janeiro de 2024, o valor médio do aluguel foi de R$ 1,9 mil, um crescimento de 17,8% na comparação com o mesmo mês de 2023 e de 10,3% em relação a dezembro. Já na análise da média anual, o ticket de 2023 foi de R$ 1,7 mil, aumento de 17,9% em relação à média de 2022.