Uma das poucas empresas nacionais de manufatura de produtos tecnológicos que operam em larga escala no país, a paranaense Positivo viu seus resultados serem ajudados pelo aumento de vendas no varejo. "O computador voltou a ser realmente pessoal nesta pandemia", afirmou Caio Morais, diretor financeiro e de relações com investidores da empresa.
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A empresa divulgou na segunda-feira, 9, um alta de 455% em seu lucro no terceiro trimestre - os ganhos superaram R$ 50 milhões. Morais atribuiu o resultado principalmente à alta de 40,5% nas vendas em notebooks - reflexo em grande parte das vendas no varejo, motivadas tanto pelo home office quanto pelo ensino a distância.
O crescimento não se deu somente nos produtos da linha básica da Positivo, que compõem a maior parte das vendas da empresa, mas também nos segmentos mais especializados, como a linha Vaio (marca que a empresa também representa no Brasil). "Isso mostrou pra gente que o consumidor está renovando seus equipamentos, talvez por conta dessa perspectiva de ficar mais tempo em casa e pela necessidade de que cada um tenha seu próprio notebook", disse Morais.
A demanda possibilitou que a Positivo reajustasse preços aos varejistas, como forma de abater a alta nos custos de insumos e materiais de fabricação, em decorrência do dólar valorizado. "Nós temos um mecanismo de hedge (seguro contra alta do dólar) bem montado, mas essa alta nos insumos acabou que não afetou tanto nossas margens porque conseguimos repassar ao varejista com a forte demanda."
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