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Paraná S.A

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Investimento

Empresa transforma PR em epicentro da biotecnologia e projeta faturar R$ 1 bi em 2022

Superbac
Inauguração do centro de inovações da Superbac reuniu autoridades, como o governador Ratinho Jr, no complexo industrial de Mandaguari (Foto: Divulgação)

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Um investimento de R$ 100 milhões deve posicionar a pequena Mandaguari, cidade no Noroeste do Paraná, como um dos principais centros de biotecnologia no mundo. A Superbac – empresa que manipula micro-organismos para serem usados em produtos comerciais, como fertilizantes e produtos de limpeza – inaugurou nesta quinta-feira (21) seu novo centro de inovação e, com isso, mira o aumento de produção e a entrada em novos (e promissores) mercados.

A Superbac tem sede em Cotia, na grande São Paulo, onde também mantém uma unidade fabril. Também tem centros de pesquisa fora do Brasil, em Israel e na Colômbia. É na moderna estrutura paranaense, no entanto, que concentra seus principais esforços. Dessa fábrica, de 400 mil metros quadrados, saem produtos como fertilizantes orgânicos para a agricultura, soluções à base de bactérias para que empresas de saneamento tratem água e esgoto e soluções com micro-organismos para a degradação de produtos do petróleo.

A companhia atua com produtos de assinatura própria e com fornecimento de componentes para que outras empresas formulem seus próprios produtos.

Com o Superbac Innovation Center, o moderno complexo instalado na unidade de Mandaguari e inaugurado com a presença de autoridades, como o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Jr (PSD), e o vice, Darci Piana, a empresa “muda de patamar”, nas palavras de seu CEO Luiz Chacon Filho.

Ela passa a dominar uma área em que ainda era dependente, a de reprodução dos micro-organismos, e, com isso, o processo de produção para a ser 100% do grupo. Apesar de a tecnologia ser própria, a empresa trazia de fora as bactérias que usava. Os bioinsumos vinham de empresa terceirizada nos Estados Unidos.

A autossuficiência na matéria-prima barateia o processo, amplia a capacidade de produção e abre espaço para que a empresa atue em novos segmentos, como o fornecimento de insumos para cosméticos, alimentação humana e animal e soluções ambientais. Também abre a possibilidade de exportação de micro-organismos e componentes biotecnológicos, como proteínas, enzimas e corantes naturais.

Uma das áreas mais promissoras, no entanto, é a fabricação dos princípios de medicamentos, os ingredientes farmacêuticos ativos (IFA). “A Superbac pode se inserir na produção de IFAs biotecnológicos, que podem ser matéria-prima para um medicamento. Nossa planta já foi concebida seguindo parâmetros das agências regulamentadoras. Nós temos uma estrutura nacional com capacidade de fazer [IFAs] em escala e qualidade industrial”, diz Giuliano Pauli, diretor de inovação da empresa.

A Superbac sustenta que, com o centro de inovação, deve crescer a uma taxa de 25% ao ano pelos próximos dez anos. “Vamos concentrar 100% de todo o processo no Brasil. No primeiro ano [primeiro ano cheio, ou seja, 2022], vamos produzir 50 mil toneladas de bioinsumos e projetamos faturamento de R$ 1 bilhão no próximo ano”, diz Chacon Filho. A empresa estima fechar 2021 com faturamento de R$ 700 milhões.

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