Trocar garrafas de vidro por latinhas de alumínio pode ser uma estratégia para micro cervejarias conseguirem baixar os custos da produção e cavarem um espaço no competitivo mercado de cervejas artesanais. É o que mostra a rede de lojas Mestre-Cervejeiro.com que, em seus rótulos próprios, apenas mudando a embalagem da sua produção, aumentou em 40% o seu faturamento.
A rede curitibana, que também é multimarcas, calcula que a alteração na “roupagem” das bebidas que são produzidas exclusivamente por eles, reduziu em 15% o custo da fabricação de seus rótulos. A economia foi repassada integralmente para o consumidor.
“Em todos os segmentos, mas em especial na fabricação de cervejas, a otimização dos custos é algo que se procura constantemente”, explica o fundador da rede, Daniel Wollf.
“Lançamos quatro rótulos em novembro e agora planejamos lançar outros três, da mesma forma. Entendemos que não é apenas a redução dos custos de embalagem e armazenamento, mas também uma melhoria na conservação do produto, já que as latas evitam o contato da bebida com o ar e a luz, dois grandes inimigos da cerveja”, conta Wollf.
Parque Barigui recebe feira de empreendedorismo e negócios
Aposta
Só que nem só de rosas vive o empresário que adota essa estratégia. Além de enfrentar certa resistência do público, por associar o alumínio às grandes marcas “comerciais”, os micros cervejeiros também precisam driblar o alto custo de se manter uma unidade envasadora automática em sua linha de produção.
“O preço do equipamento pode ser um impeditivo. Mas uma tendência que acompanho é de empresas que oferecem o envasamento em unidades móveis. Estacionam o caminhão em frente às cervejarias e fazem o envasamento sob encomenda. Sei que é um serviço que está sendo oferecido em São Paulo e Joinville e logo deve chegar a nosso estado”, complementa.
Wollf, que possui 8 lojas no Paraná e 64 no país, pretende inaugurar mais 236 lojas até 2022. As latinhas são um dos centros da estratégia para conseguir atingir essa meta e superar o faturamento da rede, que hoje já alcança os R$ 21 milhões.
“As latinhas vieram para ficar, basta olhar para grandes marcas como a Eisenbahn, Bierland, Colorado e Patagônia que recentemente entraram no mercado com versões enlatadas de seus grandes rótulos”, resume o empresário.
De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), no ano passado, mais de 26 bilhões de latas de alumínio foram comercializadas no país, número 8,5% maior do que em 2017.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast