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Iniciativa em prol da economia rural recebe prêmio de empreendedorismo

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Da esquerda para direita: O diretor do Sebrae, Vitor Tioqueta, seguido pelos premiados Emerson Matos (Cianorte), Danilo Miranda (Mato Rico) e Giovanna Lino (Londrina). Fecha o grupo o diretor da instituição, Julio Agostini. (Foto: Régis Santos /Sebrae-PR.)

Nesta terça-feira (2) o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas ( SEBRAE-Paraná) condecorou 20 projetos de ensino. Foi a 3ª edição do Prêmio Estadual de Educação Empreendedora.

Ao todo, 218 instituições do estado - entre públicas e privadas - concorreram ao prêmio que dá direito a participação nas etapas regional e nacional, que acontecem em agosto. A ideia central é reconhecer o esforço de professores, diretores, reitores e secretários no desenvolvimento de uma cultura empreendedora no Paraná.

Dividido em quatro categorias - ensinos fundamental, médio, técnico e superior - o prêmio teve cinco finalistas em cada.

Vencedores

A grande vencedora foi a Escola Municipal do Campo Pedro Mendes, do município de Mato Rico. A escola pública de ensino fundamental foi premiada por unir 60 alunos em prol da identificação de oportunidades ligadas a economia rural, no município de pouco mais de quatro mil habitantes. Entre os temas trabalhados estavam a questão da higiene, a importância e a origem dos alimentos, modelos locais de agronegócios, técnicas de manejo e de produção.

“Nós fizemos um trabalho em que os alunos participaram de maneira efetiva de todos os processos de produção e comercialização dos alimentos que foram vendidos na feira no final do ano. Os pais dos alunos elogiaram muito o projeto e afirmaram que ele modificou a vida das crianças”, contou o professor responsável, Danilo Miranda. 

Já a escola St. James' International School, de Londrina, venceu na categoria Ensino Médio, com o projeto Startup Tech. Durante uma imersão de 24 horas, os participantes focaram em discutir ideias de planos de negócios e startups para solucionar problemas municipais, com a orientação de ONG's.

Na categoria ensino técnico profissionalizante venceu o Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) de Cianorte, com um trabalho interdisciplinar junto aos alunos do curso de vestuário. Os estudantes foram encorajados a criar uma empresa fictícia para comercializar os produtos desenvolvidos em sala de aula.

Com o auditório lotado, em sua maioria por professores de ensino fundamental, os docentes também vibraram com o prêmio dado a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) com o seu programa de aceleramento de startups, batizado de HUB. A universidade foi condecorada por promover palestras, eventos e disciplinas voltadas exclusivamente ao estímulo do empreendedorismo entre os alunos e professores.

"Somos uma instituição preocupada em fomentar o empreendedorismo na sociedade, desde o jardim de infância até a faculdade", discursou o diretor de operações do Sebrae, Julio Cezar Agostini, durante a entrega do prêmio.

"É urgente formarmos pessoas com características empreendedoras, como a autonomia para tomar decisões", declarou Agostini, comemorando os resultados das escolas.

Impacto

premio-sebrae-de-educação-empreendedora-eventoAuditório lotado para prestigiar profissionais da educação, que se esforçam para incentivar a cultura empreendedora. (Foto: Foto: Régis Santos / Sebrae-PR)

Idealizado em 2014, o Programa de Educação Empreendedora já capacitou 480 mil alunos de 182 municípios paranaenses. Com a ajuda de 6,5 mil professores, a instituição aplicou projetos de fomento em 1,6 mil escolas.

Como vitórias do projeto, os membros do Sebrae-PR elencam a criação da lei municipal de Santa Helena, no oeste do estado, que exige o ensino de empreendedorismo em todas as escolas da cidade e as aceleradoras de empreendimentos criadas na PUC-PR, FAG (Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz) de Cascavel e Colégio Militar do Paraná.

A coordenadora do programa, Rosângela Angonese, diz que o objetivo central é despertar competências administrativas, criativas e colaborativas entre os estudantes.

“Esse trabalho impacta não apenas os alunos, como também os professores, diretores e os próprios pais. Além disso, o prêmio traz reconhecimento às escolas e aos municípios que passam a difundir os seus projetos”, afirma Angonese.

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