Um dos maiores eventos do setor moveleiro do Brasil, a feira de Arapongas retorna repaginada esse ano após ter a realização impedida pela pandemia em 2021. A expectativa é de que o valor negociado suba 30% em relação à última feira, em 2019. Porém, o número de móveis vendidos deve se manter praticamente o mesmo de três anos atrás. A feira será de 16 a 19 de maio.
Realizada desde 1997 no Norte do Paraná, a feira passa a ser organizada pela empresa Yes Eventos e muda de nome: de Movelpar para Movelpar Show. Outra novidade é que a feira vai abandonar o modelo de stands e passa a ser sem divisórias no Expoara, o centro de exposições de Arapongas. O objetivo é valorizar ainda mais sofás, armários, mesas e outros móveis a serem vendidos. A organização ainda avalia a possibilidade de a feira se tornar anual - atualmente, ocorre de dois em dois anos, revesando com a feira de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, o maior polo moveleiro do país.
Cerca de 100 fábricas já fecharam participação no evento de Arapongas para mostrar as novidades ao mercado. Em especial aos compradores de outros países, já que alguns dos principais clientes da feira são dos vizinhos da América do Sul, além da América Central e África.
"A feira de Arapongas é segunda maior do país. Sempre recebemos muitos importadores e sem a exposição ano passado não conseguimos mostrar nossos lançamentos da melhor forma. Por mais que os fabricantes tenham seus catálogos, não é a mesma coisa de o comprador ver e sentir o produto, avaliar os detalhes presencialmente", avalia o diretor-executivo da feira, Adilson Rodrigues.
A expectativa da organização é aumentar em 30% o volume financeiro negociado em relação à última feira, passando de R$ 500 milhões para R$ 650 milhões. Porém, explica Rodrigues, o número de peças vendidas não deve ultrapassar o de 2019. "Estamos projetando um aumento financeiro mas com praticamente o mesmo volume de peças da última feira por causa dos reajustes nos preços da produção", explica o diretor da feira. "Gostaríamos de aumentar a venda de peças, mas no momento não é possível porque a inflação está tirando o poder de compra do consumidor", avalia Rodrigues.
Mesmo assim, o diretor da feira avalia de forma positiva se o volume de vendas projetado se concretizar. Ele explica que apesar da impossibilidade da feira ano passado, o setor viu as vendas aumentarem durante a pandemia. Mas agora os índices estão voltando aos patamares de antes da chegada do coronavírus.
"Com as pessoas ficando mais em casa na pandemia, aumentaram as vendas de móveis. Muita gente via o sofá rasgado ou outro móvel mais desgastado e decidiu trocar para se sentir melhor em casa. Só que agora o mercado está voltando ao patamar de antes da pandemia, quando a demanda já estava reprimida", avalia Rodrigues.
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