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Alto padrão

“Fique em casa” impulsiona vendas de imóveis de luxo em Curitiba

mercado imobiliário de luxo
Construtoras voltadas ao mercado imobiliário de luxo, em Curitiba, se mantiveram mesmo em meio à pandemia do coronavírus (Foto: Divulgação assessoria de imprensa Laguna)

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Mesmo diante de um cenário econômico incerto por conta da pandemia do coronavírus, o mercado imobiliário de altíssimo padrão tem conseguido se manter ativo em Curitiba. As vendas de somente três construtoras e incorporadoras da capital paranaense do segmento chegaram, juntas, a R$75 milhões nos meses de março a maio deste ano. Valorização pelo local de moradia em tempos de isolamento social e o investimento em um bem durável explicam números, de acordo com as empresas.

Imóveis com a valor acima de R$1 milhão, classificados como categoria Luxo, e aqueles com preços que passam dos R$ 2 milhões, denominados Superluxo, foram muito procurados nos últimos três meses na San Remo - que somou 30 milhões em vendas -, na Laguna - R$20 milhões - e na AG7 - R$ 25 milhões.

Aline Moritz Perussolo , diretora da Construtora San Remo, afirmou que esse montante é superior às negociações do mesmo período no ano passado.

“A procura e as vendas já vinham melhorando antes mesmo da pandemia, porém, durante esse período de isolamento as pessoas passaram a perceber o quanto é importante ter a experiência de morar bem”, comentou, referindo-se aos confortos diferenciados que os imóveis exclusivos oferecem.

No caso da Incorporadora e Construtora Laguna, do início de 2020 até final de maio, os valores chegaram a R$28 milhões. Desse total, R$20 milhões referem-se a negócios fechados na quarentena (entre 14 de março e 31 de maio). No ano passado, o valor do primeiro trimestre também foi positivo para a empresa, que havia somado R$25 milhões.

A AG7 registrou mais de 25 milhões em vendas de março até o início do mês de maio. Isso representou um incremento de 250% se comparado ao mesmo período de 2019, quando as negociações atingiram R$9.866.000,00.

Imagem do empreendimento Ícaro Jardins do Graciosa, no bairro Cabral, em Curitiba. (Foto: Eduardo Macarios / Divulgação)

De acordo com o CEO da AG7, Alfredo Gulin Neto, a nova visão sobre o local de moradia, adquirida com o isolamento social por conta da Covid-19, impulsionou essa procura.

“Com o fenômeno ‘fique em casa’, as pessoas começaram a se dar conta como a vida dentro de um imóvel não é só ver televisão e dormir. É também, trabalhar, dar espaço às crianças, ter contato com natureza, ter segurança e viver em um ambiente que proporcione saúde”, detalhou.

Gulin Neto aponta o boa escolha em investir em um bem durável como um dos fatores da parcela mais abastada da população se sentir interessada em se manter comprando imóveis.

“Os juros caíram muito e o imóvel deixou de ser visto como apenas um custo, mas sim um ótimo investimento. Dinheiro no banco não rende, então, é melhor apostar em um ativo que vai gerar bem-estar”, finalizou.

Conforto e exclusividades dos imóveis de Luxo e Superluxo atraíram compradores durante a pandemia. Foto: Divulgação Assessoria Laguna

Na contramão

Dados da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), levantados pela consultoria Brain, mostram que o setor de Luxo e Superluxo dos imóveis estão vendendo menos quando comparados com o mesmo período do ano passado. Em 2019, de acordo com a consultoria, de janeiro a abril, foram vendidas 91 unidades Luxo em Curitiba, enquanto 57 imóveis Superluxo foram negociados. Já em 2020, também de janeiro a abril, foram comercializados 76 imóveis Luxo ( uma queda de 37,4% ) e 30 Superluxo, uma retração de 60,5%. O levantamento não inclui o mês de maio, pois os dados não form liberados para serem inseridos na pesquisa. Dentre as construtoras que tiveram acréscimos nas vendas durante a pandemia, apenas a AG7 não é associada à Ademi.

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