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Paraná S.A

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Economia, empresas e negócios do Paraná por Marcos Xavier Vicente. Sugestões no e-mail prsa@gazetadopovo.com.br

Franchising

Franquias do Paraná têm queda no faturamento com mais postos de trabalho

Franquia (Foto: Bigstock)

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O faturamento das franquias no Paraná caiu 4,1% no primeiro trimestre de 2022 em comparação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, os empregos diretos do segmento aumentaram 5,3% no período, com crescimento de 0,3% no número de pontos comerciais. Os dados são da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

O primeiro trimestre de 2022 fechou com R$ 2,9 bilhões de faturamento das unidades franqueadas no estado. Nos três primeiros meses de 2021, o faturamento havia sido de R$ 3,1 bilhões - número 24% maior do que o resultado do primeiro trimestre de 2020, período marcado pelo início da pandemia.

A queda no faturamento representa a volta das franquias paranaenses aos patamares de antes da crise sanitária, avalia o diretor regional da ABF Sul, André Belz. Isso porque alguns segmentos tiveram um boom de vendas no pico da pandemia entre 2020 e 2021, quando o consumidor se voltou para algumas áreas.

Faturamento das franquias do Paraná nos primeiros trimestres de 2020, 2021 e 2022. Crédito: ABF

"A queda de 4% no primeiro trimestre de 2022 está mais associada ao desempenho ainda tímido da área de Turismo e uma desaceleração do segmento de Casa e Construção que vinha em trajetória de crescimento. Os demais segmentos apresentaram melhores resultados, o que tende a crescer nos próximos trimestres", avalia Belz.

O faturamento das franquias de Casa e Construção no primeiro trimestre de 2021 explodiu em 59%, indo de R$ 401,1 milhões em 2020 para R$ 638,4 milhões. Já nos três primeiros meses de 2022 o faturamento caiu 12,2%, fechando em R$ 560,4 milhões.

Cenário parecido no segmento de Serviços e Outros negócios. A variação entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021 foi de 46%, subindo de R$ 423,7 milhões para R$ 618,9 milhões. Já nesse ano a redução foi de 10%, fechando em R$ 557 milhões.

A recuperação para patamares pré-pandêmicos, explica o diretor regional da ABF, tem motivado os empresários a empreenderem mais. "Se compararmos o primeiro trimestre de 2020, antes da pandemia, com o primeiro trimestre de 2022 tivemos crescimento de 16,8% no faturamento do Paraná", justifica o diretor da ABF Sul.

Novos pontos franqueados

As franquias que puxaram a abertura de novos pontos comerciais até aqui em 2022 mostram o quanto o fim das restrições sanitárias impactaram no setor. O segmento que mais cresceu foi o de Saúde, Beleza e Bem Estar, com aumento de 26,9% e que foi impactado negativamente no pico da pandemia. No primeiro trimestre de 2021 eram 1.610 mil pontos de franquia, que subiram para 2.043 em 2022.

Pontos de vendas de franquias no Paraná em 2020, 2021 e 2022. Crédito: ABF

Na sequência com mais lojas abertas está o setor de Moda, que cresceu 26,4% e também foi fortemente impactado pela crise sanitária. No primeiro trimestre de 2021, o Paraná tinha 987 lojas franqueadas de roupas. No mesmo período de 2022 esse número subiu para 1.248 pontos franqueados.

Empregos

As franquias de Moda, aliás, também impactou na abertura de empregos, com crescimento de 38,3%. Foi o segundo segmento que mais gerou vagas de trabalho, indo de 6.160 trabalhadores no primeiro trimestre de 2021 para 8.518 no mesmo período desse ano.

O setor de Limpeza e Conservação foi o que teve maior aumento percentual de criação de empregos nas franquias paranaenses no primeiro trimestre de 2022, com crescimento de 39,8%. O segmento foi de 2.105 vagas de trabalho no primeiro trimestre do ano passado para 2.943 no mesmo período de 2022.

Empregos nas franquias do Paraná em 2020, 2021 e 2022. Crédito: ABF

A maior redução de empregos foi justamente no setor que teve boom de vendas em 2021, Casa e Construção. Nesse segmento, o número de vagas despencou 36,6%. No primeiro trimestre de 2021, quando o segmento estava fortemente aquecido, eram 7.052 trabalhadores nas franquias do estado. No mesmo período de 2022 esse número caiu para 4.473 - quantidade que é menor, inclusive, do período pré-pandémico, quando 5.034 trabalhadores tinham carteira assinada nas franquias de Casa e Construção no primeiro trimestre de 2020.

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