2022 deve ser o ano em que os peixes processados pelo frigorífico Mais Fish, instalado em São João do Ivaí, no Norte do estado, vão chegar a grandes mercados consumidores no Paraná - e até a cruzar fronteiras interestaduais. A expansão faz parte do planejamento estratégico do frigorífico, que já vende seus produtos a municípios de sua região e quer crescer entre 20% e 40% este ano.
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A ampliação do mercado será possível graças à chancela Sisbi-POA (que garante a qualidade dos produtos de origem animal) que o Mais Fish recebeu no início deste ano por meio do Consórcio CID Centro. Até então, ele contava apenas com o selo do Serviço de Inspeção Municipal (SIM).
Esta foi a primeira chancela do tipo a ser concedida por um consórcio intermunicipal no país. O CID Centro, assim como outros sete consórcios públicos municipais brasileiros, foi autorizado a concedê-la em novembro passado, pelo Ministério da Agricultura, desde que a empresa pleiteante registre seus produtos nos Serviços de Inspeção Municipal vinculados a ele e atenda a todas as exigências higiênico-sanitárias.
Até obter a chancela, porém, o negócio precisou se transformar ao longo de 30 anos para se estabelecer como uma agroindústria. Originalmente, ele consistia em uma piscicultura familiar com processos totalmente manuais, sob comando de Edson e Márcia Fini. Em meados dos anos 2000, a empresa começou a se modernizar, com a implantação de equipamentos para facilitar processos e ampliar a produção, e, a partir de 2010, com a entrada dos filhos Matheus e Vitória no negócio, vieram as primeiras automatizações.
De acordo com Matheus Fini, sócio do Mais Fish, o investimento no frigorífico veio em 2020, depois de o próprio consórcio apontar que a empresa tinha potencial para receber a chancela. Até aquele momento, a empresa contava com uma estrutura menor de beneficiamento.
“Tivemos a oportunidade de receber a visita de consultorias e começamos o projeto do frigorífico com as adequações para o Sisbi-POA. Em 2021, iniciamos a construção e instalação de equipamentos, e, no fim do ano, recebemos os auditores do Ministério, que validaram o trabalho e a competência do consórcio bem como do nosso frigorífico”, conta Fini.
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Os próximos passos incluem a consolidação da atuação na região do consórcio, para então expandir as vendas para grandes mercados dentro do Paraná. A automatização de processos e a manutenção de parcerias com universidades e cooperativas para desenvolver peixes mais saudáveis em sistema mais eficiente devem contribuir para isso.
Ao mesmo tempo, a empresa já vem planejando a ampliação das vendas para fora do estado. “Já estudamos o comércio interestadual como uma possibilidade potencial para um produto distinto com foco na qualidade”, diz o sócio.
Atualmente, a piscicultura da família produz de 500 a 600 toneladas de tilápia por ano. O objetivo é implementar novas tecnologias para ampliar a produção para, pelo menos, 800 toneladas por ano. Já o frigorífico tem potencial para processar até dez toneladas de pescado por dia. O trabalho vem sendo realizado com o auxílio de 20 funcionários, mas a planta tem espaço para contar com até 60 trabalhadores.
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