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Fusões e aquisições na saúde avançam no Paraná e movimentam ao menos R$ 224 milhões

Fachada do Hospital Maringá
Compra do Hospital Maringá foi uma das negociações registradas no estado até setembro de 2021. (Foto: Reprodução)

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Seguindo uma tendência nacional para o setor de saúde, o Paraná vem registrando cada vez mais fusões e aquisições: de acordo com a consultoria PwC Brasil, até setembro de 2021, o estado concentrou 11 das 108 operações envolvendo serviços de saúde e healthtechs realizadas em todo o país. No mesmo período de 2020, foram 54 transações desse tipo no país - e apenas uma no Paraná.

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Dados da consultoria mostram ainda que parte das operações movimentaram pelo menos R$ 224 milhões nesse período. Contudo, como o Brasil não obriga a divulgação dos valores das transações, não é possível saber qual foi o montante total envolvido nas negociações.

De acordo com o sócio da PwC Brasil, Leonardo Dell’Oso, o crescimento das negociações no estado, assim como em todo o país, decorre de um movimento de verticalização e consolidação do setor provocado pela pandemia. “Vimos muitas aquisições de hospitais, porque algumas empresas que tinham fôlego em caixa aproveitaram que os preços dos hospitais caíram. Outras empresas entenderam que a estratégia delas para sair da crise mais fortalecidas ou para ganhar eficiência seria fazer aquisições diversificando seu foco principal”, afirma.

Outro motivo para o maior volume de transações no estado é a saturação do mercado no Sudeste e as características econômicas do Paraná, como bons índices de emprego e renda em relação a outros estados. “As empresas precisam sair dos grandes centros, onde já há uma competição grande - e aí muitos dos nossos clientes estão olhando para o Paraná e o Rio Grande do Sul, que ainda não têm tanta concorrência e permitem que os negócios ganhem volume”, explica.

Dell'Oso afirma ainda que o setor deve continuar se consolidando em 2022. No Paraná, essa consolidação deve ocorrer nos grandes centros, onde já há serviços de saúde consolidados e uma concentração maior de usuários desses serviços.

Em alta desde 2019

Apesar de apenas uma operação de aquisição e fusão na saúde ter sido registrada no estado entre janeiro e setembro de 2020, conforme a PwC, o interesse de grupos de fora em hospitais e outros serviços de saúde paranaenses vem sendo observado desde 2019 -- ano em que, por exemplo, a NotreDame Intermédica comprou a rede Clinipam e a Rede D’Or São Luiz anunciou a compra do Hospital Santa Cruz e da operadora de saúde Paraná Clínicas.

Mesmo em 2020, quando até setembro as operações aconteceram em ritmo lento, conforme a consultoria, o estado registrou negociações importantes nos últimos meses do ano como a compra da maternidade Santa Brígida, em Curitiba, do Hospital do Coração, em Londrina, pela NotreDame Intermédica.

O mesmo grupo voltou a negociar no estado em 2021, comprando o Hospital Maringá, no município do Noroeste. Entre outras operações, também foi registrada a entrada da rede de medicina integrada Dasa no Paraná, com a compra do Hospital Paraná, também em Maringá.

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