Já são nove anos como a melhor empresa para se trabalhar no Paraná, segundo o Great Place to Work. Uma marca a ser comemorada, mas que também traz o desafio de se manter nesse patamar e buscar se aperfeiçoar a cada ano. Essa é a realidade do Grupo Gazin, uma das maiores empresas do Brasil na área de estofados e que aparece mais uma vez na ponta do ranking entre as companhias de grande porte.
Uma história que começou em dezembro de 1966 na cidade de Douradina, no noroeste do Paraná. Com apenas 16 anos, Mario Gazin convenceu o pai a comprar a pequena loja onde trabalhava. O que começou como um pequeno negócio familiar hoje é uma rede com 267 lojas de varejo espalhadas por nove estados, além de cinco indústrias de colchões e estofados, uma indústria de molas e 13 centros de distribuição de mercadorias. Além disso, a empresa atua em outros setores como consórcio, crédito, viagens e agronegócio.
Em todo o Brasil, são aproximadamente 8,4 mil colaboradores que fazem a Gazin ostentar não apenas o status de melhor empresa para trabalhar no Paraná, mas a 12ª colocação no ranking nacional e a 22ª posição na América Latina. Para Sônia Rossi, gerente de desenvolvimento humano da empresa, a principal razão para o desempenho é a manutenção da filosofia de trabalho ao longo desse período. “Não se pode mudar ao vento. Quando isso acontece, a empresa perde seus valores, as pessoas deixam de confiar nos seus pares e nos seus líderes”, afirma.
De acordo com Sônia, que está na Gazin há 15 anos, essa preocupação tem início no processo de seleção dos colaboradores. “Procuramos pessoas com uma cultura alinhada à nossa. Claro que a qualificação técnica é importante, mas a gente não pode mudar as pessoas. Nós valorizamos as pessoas, damos oportunidade de crescimento, mas isso não é possível se ela correr na direção contrária”, ressalta.
Liderança entrosada fez diferença na pandemia
Como forma de incentivar o crescimento, a empresa investe na formação e capacitação dos colaborares. Eles têm acesso a cursos de línguas, graduação e pós-graduação (cujo auxílio varia de 50% a integral, dependendo do curso e do desempenho do colaborador), além de treinamentos, cursos internos e programas para formação de líderes. “Temos problemas? Claro, mas a forma de resolvê-los se torna mais simples”, observa Sônia.
Em 2020, a Gazin, a exemplo de praticamente todas as empresas, teve uma prova de fogo com a pandemia do coronavírus. Em muitas cidades as lojas foram obrigadas a fechar as portas temporariamente, uma parte dos colaboradores teve de migar para o home office e as vendas foram intensificadas pela internet. “Esse foi um exemplo de que a gente colhe o que planta. Quando se tem no dia a dia uma liderança entrosada com a equipe, ela responde a uma situação de crise com confiança. Foi o que aconteceu na pandemia”, conta a gerente.
Apesar de todos os resultados positivos, Sônia acredita que ainda há muita coisa para melhorar. “Precisamos avançar na utilização da tecnologia, na simplificação de algumas estruturas. Ao mesmo tempo que é preciso manter a filosofia, também é necessário estar aberto a algumas mudanças que nos ajudem a dar saltos produtivos.”
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