A paranaense Gazin – uma empresa sediada em Douradina e com variados negócios, mas conhecida sobretudo pelo varejo – deve dobrar até 2023 o uso de energia solar em suas fábricas e lojas. De acordo com Michely Tonhi, responsável por projetos de ESG na companhia, a matriz fotovoltaica, que hoje é responsável por 24% do abastecimento energético da empresa, deve abastecer 49% das operações em dois anos.
A ampliação foi possível graças a um empréstimo de R$ 100 milhões contratado no Santander na modalidade ESG, em que a instituição bancária oferece juros menores a empresas que se implementem ações de sustentabilidade. Com isso, a Gazin usará o valor em projetos de agronegócio, mas se comprometeu com iniciativas como a expansão de suas usinas solares.
"A Gazin é uma empresa que sempre teve ações de sociais e de sustentabilidade em sua cultura. A partir deste ano, começamos a formalizar todas essas práticas, pois percebemos que o mercado tem valorizado muito esse tipo de ação. Principalmente as instituições financeiras", explica Michely Tonhi.
A executiva indica que a energia fotovoltaica será usada nas indústrias e lojas do grupo. No Mato Grosso, por exemplo, onde 72 lojas já usam energia solar, 28 novas unidades devem ser abastecidas por essa matriz. No Mato Grosso do Sul, 39 lojas se somarão as 28 que se beneficiam da energia fotovoltaica. No Paraná, sede da marca, duas novas lojas serão englobadas no projeto – a matriz da empresa já usa a energia solar.
Além do viés sustentável do negócio, a empresa deve ganhar em economia. Números da Domínio Solar, empresa parceira da Gazin na instalação das usinas solares, apontam que em 2020 a empresa economizou R$ 850 mil em energia solar somente com o abastecimento no Mato Grosso. Com o aumento da matriz, essa economia deve ser potencializada.
Por outro lado, a instalação de três usinas da empresa (no Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso) e de placas solares em algumas de suas lojas custou R$ 18 milhões à empresa nos últimos anos.
A Gazin tem mais de 300 lojas de varejo, um atacado, sete fábricas de colchões e estofados, um autoposto, uma financeira e outros serviços. Para 2021, o grupo projeta faturamento de R$ 6 bilhões. No ano passado, a empresa faturou pouco mais de R$ 5 bilhões.
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