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“Giscard é o favorito hoje ao pleito na França”, dizia a manchete de capa do jornal Gazeta do Povo de 26 de abril de 1981. A edição, hoje encontrada em bibliotecas e alguns arquivos pessoais, foi um dos itens retirados de uma cápsula do tempo desenterrada na usina da Gerdau em Araucária, na região metropolitana de Curitiba.
O resgate da cápsula foi feito por funcionários da usina em dezembro de 2021, 40 anos depois do início da construção da unidade, 39 após ela entrar em operação e cerca de três meses depois de a fabricante de aços retomar a produção no local, interrompida em 2014. O objeto havia sido enterrado ali durante a construção da usina.
Além do jornal, foram encontrados equipamentos de proteção individual, utensílios de cozinha, o programa da cerimônia e o discurso de lançamento da pedra fundamental da usina, um comunicado à imprensa, um informativo trimestral da aciaria e um tarugo lingotado de 1982.
Para que todos os funcionários pudessem observar o conteúdo da cápsula do tempo, os itens ficaram expostos na usina no fim do ano passado. Agora, porém, já estão novamente enterrados, junto com outros materiais incluídos pela equipe da Gerdau em Araucária, como fotos, mensagens, um tarugo lingotado de 2021 e equipamentos de proteção individual que são usados atualmente.
O objetivo da Gerdau é que as memórias da retomada da empresa, que envolveu um investimento de R$ 55 milhões, possam ser encontradas no futuro junto com as que remetem à época da construção da usina.