André Oliveira faturou R$ 320 milhões em 2021 com a rede CredFácil. “Para um menino nascido no interior do Paraná, que começou vendendo geladinhos, é um resultado interessante”.| Foto: Divulgação/CredFácil
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Medidas restritivas e portas fechadas foram, por muito tempo, um cenário presente no comércio da maioria das cidades brasileiras durante a pandemia. Mas, mais uma vez, o que poderia ser visto como uma nova crise foi aproveitado como uma oportunidade pelo empresário André Oliveira, presidente da rede CredFácil, especializada em empréstimos financeiros com sede em Umuarama, no Noroeste do Paraná.

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Durante o período em que a maioria das pessoas foi incentivada a ficar em casa, o empreendedor lançou um modelo de negócios até então inédito dentro do portfólio de serviços da CredFácil: a possibilidade de operar uma franquia de correspondente bancário, cotação de seguros e consórcios ou oferta de maquininha de cartões em home office. Os bons resultados foram verificados no balanço de 2021. Segundo Oliveira, quase metade de toda a carteira de franqueados da rede optou pelo novo modelo.

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“É um modelo novo, no qual conseguimos uma expansão considerável. Foram mais de 300 novas unidades vendidas só em 2021. É um modelo mais em conta, mais acessível para que as pessoas possam operar”, avaliou o empreendedor, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo.

Modelo exige baixo investimento inicial

De acordo com Oliveira, a franquia em home office é indicada para pessoas que têm uma disponibilidade menor de recursos para o investimento inicial, e pode ser conciliada com outros trabalhos que o franqueado já tenha. “Basta ter um computador com acesso à internet que o franqueado consegue trabalhar de dentro de casa ou do escritório mesmo. É um modelo que demanda baixo investimento inicial, baixo custo operacional e uma boa taxa de retorno. Temos dentro de nossa carteira de franqueados pessoas ganhando R$ 5 mil, R$ 10 mil líquidos por mês dentro desse modelo de home office”, revelou.

Dentro da rede CredFácil, uma franquia em home office tem um investimento inicial a partir de R$ 14.997. Por esse valor, o franqueado recebe treinamento e capacitação nos sistemas da empresa, além do credenciamento como correspondente bancário junto ao Banco Central do Brasil. A produção de materiais de divulgação da franquia, explicou Oliveira, é de responsabilidade de uma agência de marketing própria da rede. E não é necessário qualquer conhecimento prévio do sistema financeiro para abrir a franquia, garante o presidente da rede CredFácil.

“A nossa especialidade é abrir essas portas para pessoas que não tinham relação anterior nenhuma com esse mercado. Nós damos toda a capacitação, treinamento, acompanhamento, envolvimento mesmo com o negócio. É um trabalho intenso e rápido, em cerca de 20 dias o franqueado já está apto a operar o próprio negócio. Não há limitação geográfica. Os contratos são assinados todos de forma digital, não importa onde o cliente esteja. Nos casos de saques de FGTS, por exemplo, os franqueados conseguem liberar o valor em 10, 15 minutos na conta dos clientes”, apontou.

Grupo conta com cinco marcas

A rede CredFácil conta hoje com cinco marcas diferentes: CredFácil, que opera empréstimo consignado; CotaFácil, que trabalha com consórcios e seguros; Dindin Pag, que oferece soluções de maquininhas de cartão; Sollar Energy, especializada em equipamentos para a geração de energia solar; e Ximbas, um conceito de casa de carnes especializada em cortes nobres. As três primeiras oferecem a possibilidade de serem geridas em home office.

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A diversificação de produtos, avalia Oliveira, foi a forma encontrada pela rede para ampliar o número de franqueados. “O dinheiro, na forma de crédito, é o produto que nós vendemos. E é um produto que tanto na alta quanto na baixa é muito procurado. É um segmento lucrativo, rentável, com um custo operacional baixo. Todo o recurso é dos bancos, a cobrança cabe aos bancos. Nossa missão é fazer essa ponte entre o banco e o cliente, e somos remunerados por isso. Temos hoje mais de 750 franqueados, em uma média de pelo menos uma nova franquia sendo aberta todos os dias. Para um menino nascido no interior do Paraná, que começou vendendo geladinhos, é um resultado interessante. É fruto de muito trabalho, dessa vontade de empreender. Foi por meio dessas franquias que nós conseguimos nos estabelecer em todos os estados do país”, ponderou o empresário.

Rede espera repetir bons números de 2021

A expectativa de futuro, revelou Oliveira, é de continuar aproveitando todas as oportunidades para crescer. “Nós sempre crescemos em momentos de crise. Essa sempre foi uma das características do nosso negócio”, avaliou o empresário, que viu o faturamento de suas empresas crescer mais de 10 vezes nos últimos 10 anos.

Em 2021, a CredFácil foi responsável pela maior fatia do faturamento do grupo, com 650 unidades em todo o Brasil e rentabilidade de R$ 300 milhões, boa parte impulsionada pelos serviços que auxiliam o saque do FGTS. A rede da CotaFácil conta com 120 franquias, e gerou um faturamento de R$ 5 milhões no ano passado. A Dindin Pag, aberta em plena pandemia, já tem 250 franqueados e acumulou R$ 10 milhões em faturamento no ano passado. A Ximbas faturou R$ 3 milhões em 2021, e às quatro unidades da Sollar Energy coube a fatia de R$ 2 milhões de faturamento no ano passado.

“Sentimos que as pessoas estão com um pouco menos de medo de investir em novos negócios. Em março estamos tendo uma boa procura, muitos negócios sendo fechados. Estamos muito otimistas, e o nosso objetivo para 2022 é pelo menos empatar com o ano anterior”, comemorou Oliveira.