O Hospital Angelina Caron (HAC) recebeu um investimento milionário. A soma chega a R$ 23,5 milhões, em um período de dois anos, aplicada em projetos sociais. O intento garantiu mais tecnologia e conforto ao tratamento dos pacientes, 93% deles encaminhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os recursos são advindos de 120 empresas que destinaram parte do seu imposto de renda devido à causa.
O Paraná S/A conversou com André Vieira, gerente de comunicação do HAC, sobre as transformações e a “profissionalização das doações”.
Por que o termo “filantropia de performance”?
Desde 2016 o Hospital Angelina Caron vem trabalhando com um olhar diferente à parte de doações, principalmente quando se fala de renúncia fiscal. Reestruturamos a área, remodelamos o negócio. Nosso objetivo é mudar o viés caritativo das doações. Doar para um hospital é investir nas pessoas. É mais do que doar o tempo, doar um Ipad, pedir contribuições por telefone. Sem esquecer também da prestação de contas. Quem investe quer saber como seu dinheiro foi utilizado. As transformações foram conquistadas graças a uma “profissionalização das doações”, o que a instituição chama de “filantropia de performance”, que causam, de fato, um impacto na vida dos pacientes.
Pode citar algumas empresas ou institutos que destinaram o IR?
A lista de apoiadores inclui algumas das maiores empresas brasileiras de diversas áreas, como a concessionária CCR, as indústrias White Martins, CSN e o Grupo Boticário, além dos bancos Crédit Suisse e Itaú.
Quais foram as transformações no hospital?
O “Mais Saúde aos Idosos” recebeu recursos via Fundo do Idoso. Eles possibilitaram a implantação de uma Unidade de Dor Torácica (UDT) no Pronto Socorro, equipada para atender com mais agilidade e segurança o paciente com risco de infarto.
Já a revitalização da Pediatria do hospital foi viabilizada pelo Fundo para Infância e Adolescência (FIA), trazendo novos leitos, além de berços aquecidos e incubadora para a UTI, permitindo o aumento do número de cirurgias pediátricas e mais qualidade do atendimento emergencial. O projeto possibilitou a aquisição de aparelhos como o Raio-X Digital Portátil - equipamento inovador com imagem disponível na tela do computador para o médico -, monitores cardíacos e ventiladores mecânicos.
Por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas), os recursos foram direcionados para a construção e implantação do primeiro Centro Integrado de Reabilitação Neurológica do HAC – para atendimento anual de 400 pacientes com sequelas motoras causadas por doenças neurológicas como AVC (Acidente Vascular Cerebral), Traumatismo Crânio Encefálico, Paralisia Cerebral, Miopatias e Esclerose Múltipla. O centro oferece fisioterapia, psicoterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia.