O otimismo da indústria do Paraná segue alto, mas estável, com o cenário econômico do segundo semestre gerando preocupação. É o que aponta o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), pesquisa mensal da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em maio, o Icei somou 58,3 pontos, resultado apenas um pouco menor do que os 58,4 pontos de janeiro - o levantamento tem escala até 100.
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O levantamento é composto por dois índices: as condições do mercado nos seis meses anteriores, que alcançou 51,5 pontos em maio, e a expectativa de negócios no futuro, que chegou a 61,7 pontos.
Na avaliação da Fiep, o resultado é reflexo da melhora nas condições do comércio e serviços com o fim das medidas mais restritivas de prevenção da Covid-19. O que também é comprovado por levantamento da Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-PR). "Isso se reflete em aumento de produção nas indústrias e vagas no mercado formal de trabalho. Um empresário otimista costuma contratar mais", aponta o economista da Fiep, Evânio Felippe.
O economista enfatiza ainda como a renda das famílias impacta nas linhas de produção das fábricas. Nesse cenário, ele destaca o saque emergencial do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que contribuiu para o aumento no consumo no varejo.
Mesmo assim, Felippe alerta para o cenário do segundo semestre. Além da inflação e do impacto de fatores macroeconômicos, o período pré-eleitoral deve impactar no mercado. "Os indicadores mostram que a inflação está alta e que o nível de preços está resistente. Não se sabe quanto tempo essa situação deve durar”, complementa.
Nesse cenário, preocupam a alta da taxa básica de juros (Selic), bem como a alta nos preços da produção, das matérias primas e dos combustíveis, além de impactos externos, principalmente com a guerra na Ucrânia. “Todos esses fatores desestimulam o consumo e deixam o empresário cauteloso. Ele segura os investimentos e aguarda um período mais favorável para fazer novas contratações”, avalia o economista da Fiep.
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