Foram abertas 15.271 novas vagas de trabalho na indústria paranaense.| Foto: Gilson Abreu/AEN
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O setor da indústria no Paraná encerrou 2022 com 15.271 novas vagas de trabalho abertas, sendo a terceira atividade econômica que mais abriu oportunidades, superada apenas por serviços (77 mil) e comércio (21 mil). Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do governo federal.

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Mesmo com alta na oferta, o saldo de empregos (admissões menos os desligamentos) caiu 65% em relação a 2021, quando chegou a 44.430 novos contratados. Mesmo assim, houve aumento de 2,2% na quantidade total de trabalhadores atuando no setor industrial em 2022, o chamado estoque. Atualmente, são quase 717 mil pessoas em atividade na área contra 701 mil no ano anterior.

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Dos 24 segmentos da indústria de transformação avaliados pelo Novo Caged, seis tiveram redução nas contratações no ano passado no Paraná. Madeira foi a que teve maior impacto, com o fechamento de 2.820 postos de trabalho. Na sequência vem móveis (-1.743), minerais não metálicos (-112), produtos têxteis (-125) e, igualmente, fumo e outros equipamentos de transporte (-42).

Já o setor alimentício liderou o ranking de admissões com saldo de 6.394, totalizando 209,6 mil trabalhadores atuando no mercado paranaense (estoque). Um crescimento de 3,15% frente ao resultado obtido em 2021. Máquinas e equipamentos vêm na sequência, com 1.899 novas vagas. Depois seguem manutenção e reparação de máquinas e equipamentos (1.471), fabricação de produtos de metal (1.450), produtos químicos (1.361), automotivo (1.352) e celulose e papel (1.264).

“Todos os grandes setores da economia criaram vagas no Paraná no ano passado. Mas houve perda no dinamismo. A atividade industrial desacelerou ao longo dos últimos meses em função da queda no ritmo de produção nas fábricas”, analisa o economista da Fiep, Evânio Felippe.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a novembro de 2022, a produção industrial do estado caiu 3,8% e, no período de 12 meses, 3,3%. Estes resultados, segundo Felippe, impactam diretamente no mercado de trabalho. “Enquanto as admissões na indústria ficaram estáveis, as demissões do setor cresceram 10% no período”, completa.