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Fábrica da Klabin em Ortigueira, em operação desde 2016. (Foto: Isac Nóbrega)
Fábrica da Klabin em Ortigueira, em operação desde 2016. (Foto: Isac Nóbrega)| Foto:

Carol Nery, especial para a Gazeta do Povo

A Klabin anunciou na terça-feira (31), durante teleconferência com analistas sobre o resultado trimestral da companhia, um investimento de US$ 2 bilhões – o equivalente a R$ 7,5 bilhões no câmbio do dia – no Paraná. O aporte contempla a construção de uma fábrica integrada no estado, que contará com uma linha de produção de celulose marrom, que fornecerá matéria-prima para duas máquinas de papéis para embalagens de kraftliner e cartão, segundo informações do jornal Valor Econômico, publicadas na edição desta quarta-feira (1.º).

O diretor-geral da Klabin, Cristiano Teixeira, estima que o projeto seja aprovado pelo conselho de administração no início do quarto trimestre, segundo o Valor. A reportagem explica que se o cronograma previsto for cumprido, a companhia colocará em operação uma nova linha de celulose de 1 milhão de toneladas por ano e uma máquina integrada de kraftliner de 450 mil toneladas por ano, ao fim de 2020.

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Após um prazo de dois anos entrará em operação uma nova máquina de papel cartão, de 450 mil toneladas anuais. Ambos os equipamentos devem alcançar a produção de 500 mil toneladas por ano no futuro. Neste caso, 100% da celulose produzida na nova fábrica será consumida internamente. “A campanha de substituição do plástico ganhou uma conotação muito forte e o kraft é usado em embalagens de alimentos e ganhou uma relevância grande”, disse Teixeira.

A execução do projeto depende também da continuidade da redução da alavancagem financeira, que ao fim de junho estava em 3,9 vezes pela relação entre dívida líquida e resultado antes de juros, impostos depreciação e amortização (Ebitda), ante 3,8 em março. Na conversa, Teixeira afirmou que a geração de caixa no terceiro e quarto trimestres terá forte impacto na aceleração da desalavancagem e manterá a companhia no caminho para colocar em marcha o plano. “No fim do ano, a desalavancagem deve chegar a níveis por volta de 3 vezes, o que coloca a Klabin como forte candidata a um investimento em papeis para embalagens.”

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O Valor mostra ainda que, com o investimento, a unidade Puma, no município de Ortigueira, no interior do Paraná, em atividade desde 2016, continuará produzindo celulose para comercialização no mercado. “Num planejamento de longo prazo, o Puma se mantém como é e seguimos com 1,5 milhão de toneladas por ano de celulose no mercado”, afirma Teixeira na reportagem do Valor. A unidade produz 7% acima da capacidade nominal de 1,5 milhão de celulose de fibra curta e longa.

A  Klabin teve prejuízo líquido de R$ 954,6 milhões no segundo trimestre de 2018, cerca de 2,5 vezes acima da perda líquida verificada em igual período anterior. A receita líquida, porém, subiu 13% na comparação anual, a R$ 2,235 bilhões, impulsionada pela melhora dos preços em diferentes segmentos de produtos e pelo impacto positivo do câmbio nas exportações. As vendas ficaram em 713 mil toneladas, com quedas de 8% na comparação anual e de 6% frente ao primeiro trimestre.

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