A L8 Energy, empresa paranaense de distribuição e industrialização de sistemas fotovoltaicos, ampliou a sua área de atuação e fechou 2023 com crescimento de 20% no faturamento em relação ao ano anterior.
“O primeiro semestre de 2023 foi bastante conturbado para todas as empresas que atuam no setor de energia solar no Brasil, o que levou muitas a operarem no vermelho e até a interromper as atividades. Felizmente nós conseguimos nos manter competitivos com investimentos em novos projetos e, assim, passamos por essa turbulência”, explica o diretor da empresa, Guilherme Nagamine.
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De acordo com o Estudo Estratégico do Mercado Fotovoltaico de Geração Distribuída, realizado pela consultoria Greener com mais de 3 mil empresas integradoras do setor, nos seis primeiros meses de 2023 houve uma redução de 19% no volume de módulos fotovoltaicos demandados pelo mercado brasileiro. Segundo o relatório, a concessão de créditos foi apontada por 35% dos empresários como o principal desafio enfrentado no período.
“Mesmo com esta queda no primeiro semestre, notamos que o mercado aos poucos começa a se recuperar. A geração de energia solar bateu recorde em 2023, passando a ser a segunda principal fonte energética no país. A tendência é que o setor continue crescendo, acompanhando o desenvolvimento da economia verde no Brasil, que deve atrair mais investimentos em projetos sustentáveis”, destaca o CEO da L8, Leandro Kuhn.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), em dezembro a potência instalada dos sistemas fotovoltaicos chegou a 35 GW no Brasil, respondendo por 16,1% da matriz energética brasileira, atrás apenas da energia hídrica, que detém 49,5% do mercado.
Investimento em novos projetos
Para driblar as incertezas do mercado, a L8 Energy tirou do papel alguns projetos e mudou a estratégia de vendas, adotando uma abordagem mais ativa junto aos clientes. Uma das iniciativas foi a estruturação e lançamento da Central de Assistência Técnica de inversores fotovoltaicos. Trata-se de um laboratório que faz a análise e manutenção de equipamentos que já estão em uso em todo o Brasil. Com técnicos qualificados, a central atende todas as marcas disponíveis no mercado e já foi certificada como Assistência Técnica Autorizada da Growatt e da Fronius, e está em fase de homologação junto à Sungrow.
Além disso, a L8 Energy se envolveu ativamente na construção de usinas solares passando a atuar também nos serviços de O&M (Operação e Manutenção) das plantas. “Já temos contratos fechados para operação e manutenção de algumas usinas e outros estão em negociação para fechamento em 2024”, destaca Nagamine ao lembrar que a empresa participou da implantação de várias usinas em 2023, nos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio de Janeiro.
Um dos projetos foi desenvolvido em parceria com o Centro de Energias Alternativas e Renováveis da Universidade Federal da Paraíba (CEAR/UFPB) e com a chinesa Huawei, e utiliza um sistema de Inteligência Artificial para rastreamento solar (tracker).
“A planta desta usina foi pensada para garantir o máximo aproveitamento de energia, com placas que se movem em direção à incidência dos raios solares, a partir de um sistema baseado em algoritmos desenvolvido por pesquisadores da UFPB e com a tecnologia da Huawei. Com isso, conseguimos otimizar a captação e gerar mais energia”, explica Guilherme Nagamine. A usina tem potência instalada de 241,8 kWp e capacidade de gerar até 520 MWh por ano, o suficiente para atender cerca de 280 residências.
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