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Geradores do parque eólico de Palmas I, da Copel. Novo complexo terá capacidade de geração de energia 80 vezes maior. FOTO: Rafael Drake/Creative Commons
Geradores do parque eólico de Palmas I, da Copel. Novo complexo terá capacidade de geração de energia 80 vezes maior. FOTO: Rafael Drake/Creative Commons| Foto:

Mais uma etapa foi vencida para que o maior parque eólico do Paraná possa sair do papel. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concedeu os ‘Despachos de Requerimento de Outorga’ do Complexo Eólico de Palmas II, com 200 MW de capacidade instalada, na cidade de Palmas, no Sudoeste do Paraná. A agência aprovou toda a documentação do projeto de acordo com a legislação federal e regulamentos internos do órgão.

O próximo passo que cabe à Aneel é a Autorização de Geração, que permite que os parques sejam construídos e entrem em operação. O empreendimento está em fase de obtenção das licenças ambientais.

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Apenas os projetos com mais de 5 megawatts (MW) de capacidade instalada precisam do Requerimento de Outorga da Aneel, explica o engenheiro Ivo Pugnaloni, presidente da Enerbios e responsável técnico pelo projeto. O Complexo Eólico de Palmas II tem capacidade total projetada de 200 MW , o suficiente para abastecer um município de 240 mil habitantes. Essa potência é quase 80 vezes maior ao primeiro parque construído de forma pioneira pela Copel.

O Palmas I entrou em operação em 1999, com potência instalada de 2,5 MW.  Em 2014, o parque passou por uma atualização de equipamentos que elevou sua capacidade para 6,7 MW. O parque eólico da Copel em Palmas foi o primeiro do Sul do país, mas o Paraná acabou perdendo espaço para empreendimentos com maior capacidade instalados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

De iniciativa privada, a investidora do Complexo Eólico de Palmas II é a empresa Enerbios Consultoria em Energias Renováveis e Meio Ambiente, que tem sede em Curitiba. Os projetos de engenharia ficaram a cargo da sócia Enercons e os estudos energéticos são de autoria da Innovent, empresa alemã associada ao projeto. O investimento previsto para o empreendimento é de R$ 1,2 bilhão e a expectativa é que ele entre em operação já no próximo ano.

Segundo o Pugnaloni, o empreendimento será construído em três fases. A primeira é um projeto piloto de 6,6 MW no qual serão testadas de forma prática duas inovações: o uso de torres de treliça, muito comuns na Alemanha, Estados Unidos, Índia; e torres com altura de 140 metros, visando alcançar maiores velocidades e maior uniformidade de vento, para aumentar a energia gerada. Serão investidos R$ 41,2 milhões nesta primeira fase do empreendimento, que já tem sua energia vendida para um cliente da Enercons, empresa do mesmo Grupo da Enerbios.

A segunda e terceira fases de implantação dos aerogeradores serão de 60 MW e 133,4 MW. Juntas totalizarão investimentos aproximados de R$ 1,3 bilhão, segundo Pugnaloni. A entrega da segunda e terceira etapa está prevista para fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021, respectivamente.

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