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Michelle Cirqueira, gerente de Marketing do Jockey Plaza Shopping, que abre as portas no dia 5 de junho.
Michelle Cirqueira, gerente de Marketing do Jockey Plaza Shopping, que abre as portas no dia 5 de junho.| Foto: Nenad Radovanovic

A duas semanas da data oficial da inauguração, empreendedores, funcionários e lojistas correm para deixar tudo pronto para a estreia do Jockey Plaza Shopping.  Pouco mais de três anos após o seu lançamento ao mercado, o maior shopping de Curitiba abre as portas no próximo dia 5 de junho, às 11 da manhã, com 90% da ABL (Área Bruta Locável) já negociada e a promessa de movimentar uma região carente desse tipo de empreendimento, especialmente em uma capital cujo índice de frequência aos shoppings é o dobro da média nacional. A operação comporta 420 lojas.

Pelo menos 70% das operações já confirmadas devem inaugurar junto com o shopping no dia 5, confirmou a gerente de Marketing do Jockey Plaza, Michelle Cirqueira, em entrevista ao Paraná S/A.

Qual é o tamanho do Jockey Plaza?

O Jockey é o maior shopping de Curitiba. Ele abre com uma ABL (Área Bruta Locável) de 60 mil m² e 200 mil m² de área construída. São 16 âncoras, mais de 30 operações de alimentação, sete restaurantes, oito salas de cinema, 4.200 vagas de estacionamento e uma geração de empregos estimada em torno de 6.200 vagas, entre as ofertadas pelas lojas e pela operação do próprio shopping. Quando as pessoas entram aqui ficam muito surpresas. A estrutura é muito imponente, tanto interna quanto externamente. Ainda não está aberto ao público, mas a gente tem recebido retorno muito positivo de fornecedores e dos próprios lojistas.

O shopping abre as portas com quanto % da ABL locada?

Já temos mais de 90% da ABL com contrato assinado.

Essa margem de 10% é normal para um empreendimento desse porte?

É um índice até baixo, considerando o tamanho do shopping. O fato é que o Grupo Tacla já opera shoppings na região de Curitiba e no Paraná e o varejo tem muita confiança no grupo. Muitos lojistas já são locatários em outras unidades e estão entrando com toda confiança neste novo produto.

Quanto % desses empreendimentos vão inaugurar no dia 5 de junho?

Eu não gostaria de citar o número de lojas porque estamos fazendo uma força tarefa junto aos lojistas para que o máximo de operações que ainda estão em obras possam abrir no dia cinco. O fato é que alguns desses contratos foram sendo assinados desde que o empreendimento foi lançado, enquanto outros foram fechados recentemente. É certo que nem todos os contratos assinados estarão com a operação pronta para inaugurar junto com o shopping, mas sabemos que mais de 70% das lojas vão abrir no dia cinco.

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Como ficou o mix de lojas do empreendimento?

É um mix que fala com o público, muito dinâmico e democrático. São 16 âncoras, grandes marcas esperadas pelo grande público da região, que é A, B e C, além de marcas inéditas. Isso é bacana porque é um empreendimento que traz muitas novidades, marcas que talvez as pessoas conheçam de outros estados e agora poderão ter acesso aqui em Curitiba pela primeira vez no Jockey Plaza.

Temos marcas inéditas na cidade?

Sim, várias. A Any Any, que é uma marca de moda íntima e vestuário de dormir e está em grandes shoppings na capital paulista e em outras cidades, mas não tinha loja aqui em Curitiba. Uma marca bem interessante chamada Audithorium, de moda masculina adulto e infantil. A Taco, de jeans e moda jovem;  a Miniso, uma marca japonesa de utilidades presentes, cosméticos e decoração. E teremos a primeira loja da Pernambucanas em um shopping da cidade, uma das âncoras e está em uma das entradas principais do shopping, na Avenida Victor Ferreira. Em 100 anos ela nunca tinha entrado em shopping em Curitiba e escolheu o Jockey Plaza para a sua estreia.

Serão quantas lojas âncoras?

São 16 lojas âncoras, principalmente as mais esperadas do público como Renner, C&A, Americanas, Centauro, Tok&Stok, Fast Shop, Kalunga e a rede de cinemas Cinépolis.

Vista aérea do Jockey Plaza Shopping, no bairro Tarumã.
Vista aérea do Jockey Plaza Shopping, no bairro Tarumã.| Divulgação/Tacla

Qual é a expectativa de estrear em uma região sem concorrentes próximos ?

Há mais de 10 anos se fala na construção de um shopping nesta região. Os estudos partiram de uma carência que existe, não apenas por um empreendimento como o Jockey, mas por comércio de rua também. Nós vemos bairros que, além de shoppings, têm um grande fluxo de varejo com lojas de rua. Esse bairro e parte dessa região realmente não têm.

A expectativa do público da região primária e secundária é muito grande e, consequentemente, acionistas, sócios e lojistas estão otimistas com a estreia do empreendimento. Começamos a trabalhar há poucos meses a comunicação do shopping, já falando com o público final pelas redes sociais; a gente vê uma grande carência das pessoas, uma grande ansiedade pela abertura.

Qual é o tamanho da área de influência do Jockey?

A região de influência primária, por exemplo,  é aquela que a pessoa chega de carro no shopping de 5 a 8 minutos. A secundária, de 10 a 15 minutos. Considerando isso, estamos falando de toda a região aqui do Capão da Imbuia, Tarumã, Bairro Alto e Bacacheri, mas também Alto XV, Jardim Social, Juvevê, Abranches, Centro Cívico. Da região metropolitana, falamos de Pinhais, Colombo, Quatro Barras, todas essas cidades satélites que estão na região de Curitiba e tem acesso fácil ao Jockey.

O curitibano gosta muito de shopping. Não é à toa que a cidade tem a maior proporção de shoppings por habitante comparada a outras capitais. Achamos que no momento da inauguração, curitibanos de todas as regiões virão ao Jockey para conhecer. Depois de um tempo, mesmo apenas com o público da região que se mantém ao seu shopping de vizinhança, a gente ainda vai atuar muito forte nessas regiões em que citei.

Qual o fluxo de pessoas esperado após a inauguração?

Baseado nos números de shoppings de Curitiba e em empreendimentos do Grupo Tacla com essa mesma proporção de tamanho e lojas, estimamos de 35 mil a 40 mil pessoas por dia na fase de consolidação do empreendimento.  Contudo, mas primeiras semanas da inauguração, por exemplo, o fluxo deve ultrapassar 50 mil pessoas.

Projeção interna do Jockey Plaza Shopping.
Projeção interna do Jockey Plaza Shopping.

Qual o perfil do público que o Jockey espera receber?

A gente entende que ele vai ser bem misto, composto por famílias, jovens, estudantes, já que é uma região que tem uma universidade com mais de seis mil alunos, além do público corporativo e de pessoas que buscam lazer e entretenimento.

Qual o prazo estimado de maturação do investimento?

Existe diferença entre o prazo de maturação das marcas e do shopping, não dá pra cravar uma data, pois essa previsão pode variar muito. O que a gente sabe é que essa região é muito carente e qualquer prazo de maturação de um shopping aqui tende a ser encurtados por este fator. Os estudos de negócio que foram feitos antes desse lançamento mostram que um lojista que investir em uma loja aqui vai ter um prazo de maturação encurtado em relação a uma mesma marca em outra região onde existem mais concorrentes. Então, estima-se um encurtamento desse prazo de maturação, mas não é seguro, para nós administradores e gestores, fechar um prazo.

O prazo de maturação pode variar muito de marca para marca. O que a gente tem notado é que os lojistas que já tem marcas na cidade em outro empreendimentos estão colocando seus maiores investimentos nas lojas do Jockey. Os lojistas então trazendo para o Jockey projetos novos, novos posicionamentos, reformulação de marca.

Mas existe um prazo médio de maturação para shoppings desse porte?

Fala-se em três anos para um empreendimento nessa região, que nunca teve shopping e espera por isso há mais de 10 anos, antes mesmo de o Grupo Tacla decidir investir aqui. É diferente, por exemplo, de um bairro como o Batel, que já tem três ou quatro shoppings. Se nasce mais um empreendimento ali, ele é mais um em uma região que já está superatendida.

Qual o faturamento previsto para o primeiro ano do shopping?

Apesar de ser maior, o Jockey Plaza tem um mix de lojas e proporção de ABL muito parecido com o Palladium, então, pelo que já temos negociado e com contrato fechado, o faturamento previsto de todo o empreendimento é em torno de R$ 1 bilhão no primeiro ano de funcionamento.

O momento econômico difícil pode prejudicar a estreia do empreendimento?

É um shopping que já nasce com a promessa de faturamento inicial, ou seja, nem pensa no momento econômico difícil, visto que os próprios lojistas têm grandes expectativas e diferenciais, principalmente por conta da localização do empreendimento.

Você comentou que o curitibano vai mais ao shopping?  

Sim, fizemos um estudo e a frequência de idas ao shopping por habitantes em Curitiba passa a de São Paulo por exemplo. Apesar de ter muita coisa lá, tem muita gente também.  Segundo dados da ABRASCE,  os centros comerciais em Curitiba recebem 7,5 milhões de visitas, dividindo pela população da cidade chegou em uma média de 4,3 visitas por habitante por mês, e a média nacional é algo perto de duas visitas por mês.

Quais as apostas para atrair o público e fazê-lo consumir?

O shopping acredita que o mix diferenciado de lojas, com muitas novidades, marcas inéditas e outras já queridas do público, vai ser o grande fator de atração. Além disso, outra aposta é aquele calendário de eventos que costuma gerar grande fluxo de pessoas. O Jockey é o shopping com a maior praça de eventos da cidade, com quase 600 m² de vão livre.  Julho, por exemplo, é um mês que promete ser muito bom para o varejo, os shoppings têm atrações para as crianças que estão de férias.

O porte acaba ajudando muito nesse quesito por mais amplo, ter mais espaço de circulação?

Sim,  é um shopping de corredores largos, pé direito alto, todas as lojas também são amplas. Isso dá essa sensação de conforto, faz com que as pessoas se sintam mais à vontade.

MEDIDAS COMPENSATÓRIAS

As medidas compensatórias no entorno do Jockey já foram concluídas?

As obras do entorno, assim como o shopping, estão em fase final de acabamento e conclusão. Foram feitas duplicação, asfaltamento e completo sistema de águas pluviais nas ruas Konrad Adenauer e Dante Angelote.

Quais eram as exigências da prefeitura?

Para as ruas  Konrad Adenauer e Dante Angelote, a construção de duas pontes, paisagismo, calçadas e ciclovias que não existiam no local . Além disso, por toda a extensão das obras na Rua Konrad Adenauer, foram instalados 1,7 km de fibra ótica, além de iluminação pública e pontos de ônibus.

Na Avenida Victor Ferreira do Amaral e na Rua Konrad Adenauer, as duas principais vias de acesso ao shopping por veículos e pedestres, foi feita a construção dos canteiros centrais, calçadas e revitalização da esquina de encontro destas vias. E ainda na Av. Victor Ferreira do Amaral, a reforma e alargamento de pistas, adaptação do retorno de sentido dos veículos que acontece na quadra em frente ao shopping, nova pavimentação, calçadas, semáforos e sinalização urbana.

Algumas ações ambientais foram tomadas para a instalação da obra no local, com plantio e doação de mudas. O Jockey Plaza Shopping realizou o plantio de 183 mudas, oito araucárias e quatro mudas de espécies florestais nativas na obra, além da doação de 2.203 mudas de espécies florestais nativas ao Horto Municipal de Curitiba.

Quanto o empreendimento gastou com essas medidas?

Em todas estas obras, o empreendimento investiu R$ 22,5 milhões. Além da execução das obras, o Jockey Plaza Shopping investiu na compra de um certificado de potencial construtivo, no valor de R$ 38,6 milhões pago ao município, para ser investido na região.

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