Uma pesquisa realizada pela escola curitibana Conquer, especializada em treinamento e aperfeiçoamento profissional, mostrou que 53% dos executivos que ocupam postos de liderança acreditam que suas empresas e projetos não andam, caso eles precisem se ausentar de seus cargos. O dado foi colhido através de questionários aplicados com mais de 1,7 mil líderes de multinacionais, médias e pequenas empresas.
Publicada na última terça-feira (27), a pesquisa também apontou que 66% destes executivos estão presos em atividades operacionais em vez de estratégicas, o que dificulta a tomada de decisões ágeis e a preparação de equipes para mudanças.
“Este resultado é uma forma de validar o que já observamos durante os cursos”, explicou o diretor de educação da Conquer, Dário Kosugi.
“Mas o que nos surpreendeu positivamente foi o número de pessoas que identificam que este não é um bom modelo de liderança. O que vemos em sala é um padrão de líderes que percebem que é necessário dar mais autonomia para os times, mas não conseguiam isso”, pontuou.
Chamados líderes “heróis” e “operacionais”, esses dois perfis traçados são de pessoas que centralizam informações, dados e distribuição de tarefas. “É aquele que tem respostas controle de tudo. Aquele que salva todos. O time liderado por esse perfil só executa aquilo que é passado, ou seja, é um perfil que não desenvolve pessoas, mas sim torna a equipe ainda mais dependente dele”, explica Hendel Favarin, um dos fundadores da escola preparatória.
Para os especialistas na área é necessário desenvolver dentro das empresas líderes “exponenciais”, ou seja, aqueles que treinam equipes para que elas consigam encontrar informações por si mesmas.
“São líderes que estão preparados e confortáveis com as mudanças”, acrescenta Kosugi. “O termo tem a ver com a curva exponencial matemática e está ligado a este momento de mudanças bruscas trazidas pelas novas tecnologias e digitalização. São líderes que preparam as equipes para trazer a ele dados e soluções que ele próprio não teria”, finaliza.
Estatísticas
Além do perfil de liderança outros dados interessantes levantados durante a aplicação do questionário mostraram o poder do feedback. Ao todo, 93% dos líderes responderam que reconhecem que há mudança de comportamento no time quando este processo de avaliação de desempenho é realizado. Também 92% deles dizem ter reconhecido publicamente seus funcionários por atitudes ou resultados alcançados e 96% garantem que comemoram com a equipe quando metas são batidas.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião