No último ano (2016) da mais grave crise econômica da história brasileira, o PIB paranaense recuou menos do que o brasileiro, segundo dados divulgados nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A retração foi de 2,6%, contra 3,3% do nacional, em 2016. Roraima, com uma expansão de 0,2%, foi o único estado que cresceu nesse ano.
A quinta maior economia estadual gerou riquezas no valor de R$ 401,7 milhões em 2016. O Estado está atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
O Paraná teve uma pequena variação positiva no peso da economia nacional: agora representa 6,4% do PIB brasileiro. O IBGE atribui essa alta à atividade eletricidade e gás, água e esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, que reduziu custos entre 2015 e 2016, e ao ganho relativo de participação no cenário da construção nacional.
O Paraná tem o sétimo maior PIB per capita, com R$ 35,7 mil, cerca de 10% superior ao nacional. Está atrás dos outros dois estados do Sul: Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Os salários respondem por um terço do PIB estadual (33,3%). É um peso ligeiramente inferior ao registrado em 2014, antes da crise, quando representavam 33,6% da riqueza gerada no Paraná.
Setores mais atingidos pela crise
A crise afetou fortemente o desempenho da indústria de transformação (-4%), construção civil (-7,5%), comércio e reparação de veículos (-6,4%), e transporte, armazenagem e correio (-0,2%).
A produção agrícola foi impactada negativamente pelas chuvas, segundo o órgão nacional de estatística. A retração do PIB gerado pelo campo foi de 5,3%. É a quinta pior entre os 12 estados que tiveram uma queda menor do que o PIB nacional.
