Quem simpatiza com o cardápio da cafeteria curitibana New York Cafe, inspirada em comida norte-americana, logo poderá topar com novas unidades da marca em Curitiba e, também, fora daqui. Prestes a completar sete anos, o NY Café vai virar franquia.
Desde que a loja matriz no Alto da XV fechou as portas, em setembro do ano passado, a marca mantinha apenas a unidade do bairro Batel, na Rua Gonçalves Dias. Agora, já são quatro novas franquias confirmadas na capital, três delas em shoppings (Palladium, Pátio Batel e Jockey Plaza) e a quarta em um Strip Mall no bairro Champagnat, além de negociações em andamento a Região Metropolitana de Curitiba e no interior do Paraná, em cidades como Ponta Grossa, Londrina e Maringá. O NY também está de olho em Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.
As quatro franquias já fechadas em Curitiba vão inaugurar um formato inédito do NY Cafe, o Donut Shop. As unidades de 35 metros quadrados serão especializadas em doces americanos e Donuts – as famosas rosquinhas confeitadas serão o carro-chefe desse formato. Além deste, o NY Cafe desenhou mais dois modelos de franquias: o To Go, com lojas de até 80 m²; e a Concept Store, com ambientes de até 200 m², formato igual a loja que existe hoje no Batel, cujo faturamento chegou a R$ 1,8 milhão em 2018. As franquias partem de R$ 200 mil e chegam a R$ 1 milhão, no caso da loja conceito.
“Temos interessados no modelo “To Go” em Campo Largo e no bairro Santa Felicidade e estamos fechando um contrato em Balneário Camboriú (SC). Já a loja conceito chamou a atenção de investidores em São Paulo e Rio de Janeiro”, afirma o chef Luiz Santo, criador do NY Cafe.
Segundo ele, os três tipos de franquias oferecem experiências diferentes, até para que uma não canibalize as outras, porém, todas têm a mesma identidade da marca.
A meta do NY Cafe é agressiva: abrir 10 novas lojas este ano e 20 novas franquias em 2020. A taxa de retorno de investimento é estimada em aproximadamente 24 meses para qualquer um dos formatos. Já a rentabilidade pode variar de R$ 20 mil a R$ 60 mil, dependendo do modelo. O franqueado também paga uma taxa de royalties de 5%, mais 2,5% do faturamento bruto de taxa de propaganda.
Segundo o chef, o plano sempre foi transformar o NY Cafe em franquia, mas a ideia começou a ser gestada com mais afinco nos dois últimos anos. “Fomos pé no chão de esperar o momento certo de mercado, definir os modelos e encontrar os nichos de mercado. A ideia é estruturar muito bem para que os franqueados reduzam seus riscos e para que possamos oferecer um padrão e controle de qualidade”, explica Santo.
Para garantir isso, a franqueadora vai centralizar toda a produção dos itens em uma mini fábrica na Rua Vicente Machado. Além da produção, o espaço de 200 m² dividido em três pisos abrigará o estoque central, a sede administrativa da franqueadora e um local de treinamento para o preparo dos pratos quentes do cardápio que tem, ao todo, cerca de 80 itens como bagels, snacks, waffles, cheesecakes, tortas, milkshakes, hambúrgueres e cafés especiais.
Santos diz que gasto na formatação dos modelos foi expressivo, mas, por outro lado, a franquia é vendida pronta para operar. Além de um especialista em franquias, o NY Cafe montou um equipe multidisciplinar de 10 profissionais para dar todo o suporte ao franqueado, inclusive, na hora de contratar e treinar os funcionários.
Da música à gastronomia
O New York Cafe trouxe para Curitiba a experiência que o chef brasileiro Luiz Santo adquiriu trabalhando nos Estados Unidos e na Nova Zelândia por sete anos. Sua principal inspiração para criar a marca veio da cozinha e da cultura nova-iorquina de cafeterias. Publicitário em uma produtora de áudio, Luiz foi aos Estados Unidos para estudar música, sua grande paixão, mas acabou sendo fisgado pela gastronomia depois de algumas experiências de trabalho na área.
“Chegou um momento em que eu tinha duas oportunidades de trabalho: em um restaurante e em uma loja de guitarras. Fiquei com a primeira e foi a melhor decisão que eu tomei na minha vida. Na medida em que foquei nisso, as coisas deslancharam”, conta ele.
Em 2012, depois de sete anos acumulando experiências gastronômicas lá fora, Santo abriu o New York Cafe com R$ 100 mil no bolso, um barista e um atendente. “Sempre fiz de tudo na casa: compras, produção, caixa”. Agora ele se prepara para levar um pedacinho de Nova York para todo o Brasil.