Prestes a completar 50 anos em dezembro [ler mais abaixo], o Grupo Positivo se prepara para abrir a primeira escola fora do Paraná e de Santa Catarina, onde tem 20 unidades de educação infantil, ensino médio e pré-vestibular.
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A rede de ensino de Curitiba deve inaugurar até 2024 uma unidade própria em um novo estado. Além disso, o grupo está em negociação para aquisição de três outras escolas também em outros estados, sendo que pelo menos uma deve ter o martelo batido até o início de 2023, adianta com exclusividade à coluna Paraná S/A o presidente do Positivo, Lucas Guimarães.
"Queremos ir para outros estados. A gente quer aprender nessas novas praças. E as três escolas que estamos avaliando a aquisição são bem tradicionais na região em que atuam", revela Guimarães.
O presidente do Positivo prefere ainda não divulgar onde será a unidade própria e nem de onde são os três novos colégios cuja compra está sendo avaliada. Mas adianta que o grupo vem avaliando o mercado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Em relação à unidade que será erguida pelo próprio grupo, Guimarães explica que o projeto está na fase de acertos imobiliários, com a procura do local onde a escola vai ser instalada.
Já em relação às três escolas com as quais o Positivo abriu negociação, o grupo está fazendo levantamentos financeiros e pedagógicos para avaliar as condições da aquisição. "As três escolas são ótimas, mas temos que cumprir todo o rito das diligências, que é avaliar se as empresas têm passivos, questões administrativas, mas também se a proposta ideológica faz sentido para gente", argumenta o presidente.
Menos alunos, mais adimplência
Desde 2016, quando se reposicionou no mercado, o Positivo mantém a média de aquisição de uma escola por ano. A última foi em 2021, quando incorporou a Saint Jame's International School, de Londrina, no Norte do Paraná.
Como reflexo da pandemia de Covid-19, que levou à perda de aproximadamente 5% dos alunos, o grupo não fechou nenhuma negociação até aqui em 2022, o que o grupo pretende retomar com a melhoria da economia.
A meta é fechar o ano com crescimento de 30% em relação a 2021, com faturamento de R$ 850 milhões.
Guimarães explica que as escolas do grupo ainda não recuperaram o nível de alunos matriculados de antes da crise sanitária. Porém, o índice de inadimplência hoje já é menor do que no período pré-pandemia. "Hoje estamos com uma base menor de alunos, mas mais adimplentes. A gente perdeu receita, mas essa maior adimplência compensou parcialmente", analisa o executivo.
Investimentos
Numa perspectiva futura, Guimarães acredita que o cenário vá melhorar para o Positivo. Ele explica que o grupo investiu R$ 25 milhões em 2021 e deve fechar em mais R$ 25 milhões em 2022 na reforma e pequenas ampliações nas 20 unidades do Positivo.
"O valor dos dois últimos anos bem maior do que antes da pandemia, quando investimos R$ 10 milhões nessas mesmas ações em 2019", compara.
O investimento, aponta Guimarães, foi possível pelo fato de o grupo estar capitalizado. Boa parte desse capital veio da venda da Universidade Positivo e de parte do sistema de ensino Positivo. "Essas negociações nos permitiram focar completamente na educação básica e investir nessa área", afirma o presidente. "Somos um grupo conservador, não temos dívidas no balanço. Estávamos capitalizados para esses investimentos", conclui.
50 anos de Positivo
O Positivo prepara uma série de ações para os 50 anos do grupo, a serem festejados dia 12 de dezembro, data da aula inaugural em 1972. A largada será com a doação para Curitiba de um playground público que será inaugurado no Parque Barigui no Dia das Crianças, na próxima quarta-feira, 12 de outubro.
"A doação do playground mais moderno de Curitiba é uma homenagem à cidade que é o berço do Grupo Positivo", aponta o diretor-presidente do Positivo.
A comemoração também prevê um concurso de histórias de pessoas que têm ou tiveram relação com a rede, como ex-alunos e ex-funcionários. Também haverá ações internas, com os colaboradores mais antigos do grupo.
Além do colégio e do curso pré-vestibular, o grupo compreende ainda a Editora Aprende Brasil, a Gráfica Posigraf, o Centro de Eventos Positivo no Parque Barigui, e o Instituto Positivo de ações sociais que beneficia 32 mil alunos da educação básica da rede pública.
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