O governo do Paraná formalizou um protocolo de intenções entre o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a empresa Astra Medical Supply para a instalação de uma unidade industrial voltada à produção de fórmulas nutricionais no futuro Parque Tecnológico do Tecpar em Maringá, no Noroeste do estado
A implantação da fábrica faz parte da fase 2 do projeto de instalação do Parque Tecnológico em Maringá, que tem como objetivo atrair várias empresas especializadas em pesquisa e desenvolvimento de produtos de ponta na área de saúde.
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A escolha da empresa se deu após um chamamento público, que teve como vencedor o consórcio das empresas Astra Medical Supply e Nucitec. Além da instalação da indústria para produção nacional das fórmulas de nutrição clínica especializada, a parceria também prevê a transferência de tecnologia para o instituto paranaense.
As primeiras fórmulas nutricionais produzidas no parque serão utilizadas para alimentação de pessoas com Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV), um efeito adverso à saúde decorrente de uma resposta imune específica que ocorre na exposição a uma proteína presente no leite de vaca. Os produtos serão destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), atendendo a uma demanda nacional por este tipo de fórmula.
“Essa é uma necessidade não somente local do Estado do Paraná, mas é uma necessidade também no nível federal”, disse Celso Kloss, diretor-presidente do Tecpar. “Assim, estaremos atendendo as diretrizes para uma melhoria da qualidade de vida da população brasileira como um todo. Na sequência, deveremos também, em parceria com este consórcio, desenvolver uma nova linha de produtos líquidos, que servirão para o atendimento e fornecimento de alimentação enteral”.
“Atualmente, este produto é fabricado na nossa planta do México. Os demais produtos deste tipo hoje são todos fabricados fora do Brasil. Ao trazer esta operação para cá, será possível oferecer um produto mais barato, o que resulta em mais acesso da população a este tipo de fórmula”, afirmou o diretor-geral do consórcio Astra-Nucitec, José Henrique Unica.
“Mais uma vez o Paraná mostra a sua competência, viabilizando a instalação desta importante indústria em Maringá. Esta planta vai produzir, inicialmente, fórmulas infantis e, depois, deve ampliar o leque para fórmulas nutricionais para adultos e idosos. São produtos que hoje são importados, mas que, em alguns anos, teremos fabricação nacional no nosso estado”, afirmou o vice-governador Darci Piana.
“Uma prioridade do governo do estado é fazer conectar os ativos tecnológicos do estado com as demandas reais da sociedade paranaense. Trazer uma companhia como esta, que impacta diretamente na saúde pública, e ainda conseguir desenvolver os trabalhos de pesquisa do Tecpar, é um trabalho alinhado a este objetivo”, afirmou o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona.
Implantação do Parque Tecnológico
A assinatura do termo de intenções dá sequência à implantação do Parque Tecnológico do Tecpar em Maringá, cuja construção está com edital de licitação em aberto até 4 de junho para recebimento de propostas de empresas interessadas em construir a infraestrutura do parque tecnológico. O lançamento do edital foi realizado no início de maio.
A fase 1 da implantação do parque tecnológico contempla a infraestrutura no local, um terreno doado pela Prefeitura de Maringá ao Tecpar, com área de 100 mil metros quadrados. A planta do consórcio Astra-Nucitec deve ocupar 15 mil metros quadrados desta área.
O edital prevê a licitação das obras para implantar a infraestrutura do parque tecnológico, o que inclui o asfaltamento e cercamento da área e a construção de um prédio administrativo e central de utilidades, dentre outras edificações necessárias para o funcionamento do parque. Por se tratar de processo licitatório, o valor do investimento permanece em sigilo até a definição da proposta vencedora com base nos critérios técnicos exigidos.
Os recursos para a construção do parque tecnológico são oriundos do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico administrado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) para o financiamento de projetos em áreas estratégicas do Paraná. A previsão é que a obra seja executada em até dois anos.
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