*Isadora Rupp, especial para a Gazeta do Povo.
De vendedor a gerente de marketing, em uma carreira sólida que já dura 19 anos: parece exceção, mas a trajetória do gerente de marketing e varejo Edson Oleksyw, 45 anos, que evoluiu na profissão com qualificação e auxílio da empresa é realidade dentro do Grupo Gazin, uma das maiores empresas do Brasil na área de colchões e estofados, e que vence, pela oitava vez, o Great Place to Work de melhor empresa para se trabalhar no Paraná.
Fundada por Mário Gazin como uma pequena loja de colchões há mais de 50 anos em Douradina, noroeste do Paraná, o grupo conta com 286 filiais em 10 estados, além de cinco indústrias de colchões e estofados, 13 centros de distribuição e uma fábrica de molas. Hoje, a Gazin também atua em outros setores (como consórcios, viagens e seguros), emprega 8 mil colaboradores em todo o país e, além dos prêmios nacionais de melhor empresa para se trabalhar, já recebeu reconhecimentos que englobam companhias da América Latina.
Em 2000, ano em que a Gazin inaugurava o seu primeiro atacado, Oleksyw começava na empresa como vendedor em uma das lojas em Goioerê, noroeste do Paraná – até então ele trabalhava em uma concorrente, mas não via muita possibilidade de crescimento e estava de olho em oportunidades no grupo, até que surgiu uma vaga em vendas. “Eu não pensei nem uma vez para aceitar” relembra. Quatro anos depois, foi morar em Alta Floresta do Oeste, em Rondônia, para assumir uma gerência. Na época, estava terminando a faculdade de Educação Física, mas largou tudo pelo desafio.
Mais quatro anos se passaram e ele retornou ao Paraná, para a matriz em Douradina, ser gerente regional. Em 2008, assumiu o marketing. Se formou em Gestão Comercial e fez MBA em Marketing, Varejo, Gestão Empresarial e de Negócios (dois deles pela Esalq/USP). Está partindo para a 5º qualificação.
“Depois de velho comecei a gostar muito dessa história de estudar” brinca o gerente. “Isso tudo me deu condições de atuar com proficiência em minha área e contribuir com estratégias comerciais e digitais que colocam o cliente no centro da operação, o que gera lucratividade para o negócio”, explica Oleksyw.
Esse incentivo aos estudos, que permite reconhecimento, realização pessoal e ganhos financeiros é um dos pontos que torna a empresa atraente para se trabalhar. No caso de Oleksyw, a graduação e todas as especializações foram 100% subsidiadas pela Gazin (o auxílio varia de 50% a integral, dependendo do curso e desempenho do colaborador).
Ele destaca, ainda, os cursos promovidos internamente pela empresa, como as convenções das gerências, que vem de todo o Brasil a Douradina. “São cerca de 500 pessoas que chegam na cidade. Não tem estrutura hoteleira para atender tanta gente. Por isso, montamos um esquema parecido com o Airbnb, em que os moradores se cadastram para receber nossos colaboradores, o que se torna uma fonte de renda extra” conta Oleksyw. Há ainda o Programa de Formação Gerencial, que dura sete meses e formou no último ano 40 gerentes para atuar em lojas de varejo (que representa 52% do negócio da Gazin).
A liberdade de trabalho e a confiança é outro aspecto destacado pelo gerente de marketing. “A empresa não tem divisórias e, para se falar com o presidente ou diretor, não é necessário contatar um terceiro antes, o acesso é instantâneo. Também temos muita liberdade para sermos intra-empreendedores”, fala.
Orquestra Social
Outro motivo de orgulho dos funcionários é o engajamento social da empresa: um dos últimos projetos inaugurados foi o “Alfredo Gazin Orquestra Escola”, com aulas de música gratuitas para a população de Douradina. Inicialmente, serão atendidos 120 alunos, com aulas gratuitas duas vezes por semana e apresentações para a comunidade ao longo do ano.
Um bônus e uma árvore
Outra gratificação já conhecida dentro da Gazin são as bonificações por tempo de serviço: o colaborador ganha o bônus em dinheiro e, para simbolizar o momento, planta uma árvore no bosque da empresa. Com a atitude, uma vasta área verde se formou próxima da fábrica, onde os colaboradores desfrutam de um jardim com mini biblioteca e espaço de convivência. Edson Oleksyw explica o funcionamento: com 10 anos de casa, o valor extra é de R$ 3 mil - a cada cinco anos, o bônus se repete. Com 20 anos de empresa, são R$ 5 mil e, ao atingir 25 anos de casa, R$ 25 mil. Outras gratificações anuais também ocorrem – e o valor é o mesmo para todas as funções na empresa; no ano passado foram mais de R$ 15 milhões em 14º salário.
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