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Para cortar royalties anuais, Klabin tenta comprar a própria marca

Fábrica de papéis e celulose Klabin, no Paraná (Foto: Isac Nóbrega/PR)

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A Klabin terá, no próximo dia 30 de outubro, uma assembleia geral extraordinária que poderá pôr fim em um impasse que tem acompanhado a empresa há anos. Nesta reunião, parte dos acionistas decidirá sobre a compra da Sogemar, uma sociedade que pertence à família Klabin e detém o direito das marcas da companhia.

Segundo a Klabin, em julho deste ano, o conselho de administração da companhia anunciou que seus membros independentes aprovaram os termos comerciais da negociação entre Klabin e Sogemar.

O movimento é importante porque a empresa paga royalties anuais a essa sociedade para seguir usando o nome Klabin. Neste ano, o valor desse repasse será de R$ 67 milhões, informou a companhia ao portal Exame. Em 2019, foram pagos R$ 59 milhões de royalties e em 2018, R$ 52 milhões.

O pagamento equivale a 1,37% da receita líquida de venda de cartões e papel ondulado. Para encerrar esses pagamentos, a empresa propôs o pagamento de R$ 367 milhões à Sogemar. Mas o valor, ressalta a companhia, ainda será apreciado pelos acionistas minoritários na assembleia.

Em nota, a Klabin indica ainda que apenas os acionistas minoritários que não possuem participação direta ou indireta na Sogemar votarão na AGE. "Não é o Conselho de Administração que irá deliberar nesta reunião".

Correção

A primeira versão deste texto apontava, de forma equivocada, que a Sogemar tinha participação acionária na Klabin. Na verdade, a empresa esclarece que ambas as companhias estão sob controle comum, com alguns dos acionistas sendo os mesmos. Além disso, a empresa aponta que o contrato de royalties não tem prazo estipulado.

Corrigido em 22/09/2020 às 16:47

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