Após 52 anos de atuação em Curitiba e Região Metropolitana, a Paraná Clínicas vai expandir a operação para o interior do Paraná. Adquirida no fim de 2020 pela gigante SulAmérica, a operadora de saúde paranaense escolheu Londrina, Maringá e Cascavel para iniciar a expansão na Região Sul, o que inclui também atuação futura em Santa Catarina. Na sequência, a meta é entrar no interior de São Paulo.
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Em setembro, a empresa abre o primeiro Centro Integrado de Medicina (CIM) fora da capital e região. A estrutura própria para consultas médicas e exames será em Londrina, no Norte do estado. Na sequência, serão inaugurados o CIM de Maringá, no Noroeste, em novembro, e o de Cascavel, no Oeste, em dezembro.
A meta da Paraná Clínicas é conquistar no interior paranaense mais 67 mil clientes. O investimento nas três unidades é de R$ 25 milhões, com geração de 120 empregos diretos. Juntos, os novos centros de Londrina, Maringá e Cascavel terão 3,5 mil metros quadrados de área.
Só em Londrina o investimento é de aproximadamente R$ 8 milhões, com geração de 35 empregos diretos. O CIM londrinense vai fazer 20 mil atendimentos por mês de 15 especialidades médicas e serviços multidisciplinares. A operadora já tem 200 profissionais cadastrados e atende 3 mil clientes na cidade. A expectativa é dobrar esses dois número sem 2023 só em Londrina, sem contar os municípios vizinhos que também serão atendidos pela nova estrutura.
"Essa é a primeira onda de expansão da Paraná Clínicas desde que foi adquirida pela SulAmérica. Na sequência, haverá uma segunda onda também com estruturas próprias em Santa Catarina e no interior paulista", explica o diretor da operadora de saúde, o médico Carlos Mortean.
Vendas
Em Londrina, o departamento comercial já está em operação há um mês, quando a Paraná Clínicas instalou sua própria loja física na cidade. Em Maringá, a expectativa é de que as vendas dos planos de saúde comecem entre o fim de junho e começo de julho. Já em Cascavel a comercialização será a partir de setembro.
O diretor explica que essa não é a primeira empreitada da empresa no interior. A Paraná Clínicas já havia adquirido ano passado a cartela de 26 mil clientes do plano de saúde da Santa Casa de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Operação que ganhou força com a negociação recente de planos para os funcionário da Klabin, maior fábrica de papel do mundo na cidade vizinha de Telêmaco Borba.
"A diferença é que agora estamos investindo em estrutura própria. O atendimento verticalizado é o nosso diferencial, com nosso cliente podendo ser atendido em diversas frentes no mesmo ambiente", argumenta Mortean.
Operação vertical e capilaridade
Além de consultas nas mais variadas especialidades médicas, o paciente da Paraná Clínicas atendido nos CIMs têm acesso a diversos tipos de exames - de laboratoriais a raio-X e ultrassonografia - no mesmo endereço. Tudo permeado por um sistema eletrônico integrado.
O diretor ressalta ainda que outro diferencial da empresa é na prevenção de doenças e bem-estar. Ações que levaram a diretoria da SulAmérica a aprovar a expansão do modelo da Paraná Clínicas para outras cidades, além de Curitiba e região. "A SulAmérica está expandindo o nosso modelo de negócio da Paraná Clínicas, que não existia na cartela deles até a aquisição há quase dois anos atrás", enfatiza Mortean.
O plano em Londrina, Maringá e Cascavel também abrange os municípios vizinhos. Maiores cidades do interior, as três são consideradas um eixo estratégico para que a Paraná Clínicas avance ainda mais no atendimento no interior.
"Londrina, Maringá e Cascavel são na verdade três eixos de entrada para outras cidades do entorno. A base será nessas três cidades, mas estamos preparados para atender toda a capilaridade dos municípios vizinhos", garante o diretor da operadora.
Região Sul e São Paulo
A ida para o interior do Paraná já faz parte da expansão da Paraná Clínicas no Sul do Brasil. Assim que a empresa se consolidar não só no Paraná, mas também em Santa Catarina, a meta passa a ser entrar no estado de São Paulo.
A operadora já vem obtendo bons resultados na maior cidade catarinense, Joinville, que tem cerca de 605 mil habitantes. Em apenas quatro meses, a empresa conquistou 18 mil clientes na cidade, os quais hoje são atendidos pela rede credenciada da Paraná Clínicas. O plano é nos próximos anos montar um CIM na cidade catarinense.
"Fechamos boas negociações com grupos econômicos de Joinville. Portanto, pela demanda do mercado, há espaço para erguemos nossa própria estrutura na cidade", justifica Mortean. "O mercado catarinense já nos reconheceu como uma oportunidade para atender a demanda", complementa.
Na sequência, o plano é ir para o interior de São Paulo. Essa segunda onda de expansão, porém, ainda está na etapa inicial de estudos de mercado. "É um projeto futuro, o qual a Paraná Clínicas e a SulAmérica ainda estão na fase inicial de avaliação", aponta Mortean.
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