Em aproximadamente um ano o Paraná dobrou a produção de energia elétrica e alcançou nessa semana a marca de 1 gigawatt (GW) , segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Com isso, o estado pulou em três meses da sexta para a quarta colocação no ranking nacional. A produção paranaense em telhados e pequenos terrenos fica atrás apenas de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Siga as últimas notícias de negócios no estado pelo Linkedin da Paraná S/A
Segundo a Absolar, em dez anos o Paraná atraiu cerca de R$ 5, 5 bilhões em investimentos com a geração própria de energia fotovoltaica. Foram 30,2 mil empregos gerados e arrecadação de R$ 1,2 bilhão ao fisco estadual. Uma dessas maiores gerações de emprego ocorreu sexta-feira (21), em Cascavel, no Oeste, quando a empresa Sengi Solarinaugurou a maior indústria de painéis solares do Brasil, capaz de gerar 3,6 mil unidades por dia e que vai gerar 1,5 mil empregos diretos e indiretos.
São mais de 87,8 mil conexões operacionais em 398 dos 399 municípios paranaenses. A produção de 1 GW atende hoje 117 mil consumidores, que além de gerar maior autonomia e confiabilidade no abastecimento elétrico também gera desconto na conta de luz.
No Brasil, a energia solar produzida de forma independente é obrigatoriamente inserida no Sistema Interligado Nacional (SIN) para distribuição geral. O valor financeiro equivalente dessa transação é abatido na conta da empresa geradora pela respectiva companhia energética que abastece o estado, no caso do Paraná, a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel).
A coordenadora da Absolar no Paraná, Liciany Ribeiro, afirma que o avanço na produção da energia solar é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental. Ajuda a diversificar as fontes de energia elétrica, e, dessa forma, reduz a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de bandeira vermelha na conta de luz.
“O Paraná é protagonista na energia solar. A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas”, comenta Liciany em nota da Absolar.
Mudança na lei
Quem pretende instalar sistemas de energia fotovoltaica precisa correr. Isso porque o Congresso já aprovou mudanças nas regras que regulamentam o setor, as quais serão adotadas em todo Brasil em 6 de janeiro de 2023.
A Lei 14.300/2022 sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em janeiro desse ano implanta o Marco Legal da Geração Distribuída. Essa mudança institui na conta de luz os custos da distribuição da energia solar de quem a gera.
Porém, quem instalou o sistema antes da sanção da lei ou quem solicitar parecer de acesso aos sistemas de geração até 6 de janeiro garante até 2045 a manutenção das regras em vigência atualmente.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast