A A1 Engenharia, empresa com sede em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, tem conseguido ampliar a carteira de clientes no mercado internacional para as suas turbinas para geração de energia elétrica, que atendem os segmentos industrial, agronegócio e cooperativas.
As turbinas comercializadas são a de contrapressão e a de condensação. Em ambos os casos a A1 detém a patente do seu skid de geração. Pelo fato de os equipamentos serem fornecidos praticamente prontos, a empresa tem avançado sobre países da América Latina e da Europa.
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“Basicamente, o equipamento sai de nossa fábrica 95% concluído. Quando chega no destino, são feitas as últimas montagens e conexões, é questão de ‘plug and play’. Por isso, já temos alguns clientes na Argentina e estamos atuando no mercado europeu, especialmente em Portugal”, explica o gerente da unidade de Energia da A1 Engenharia, Rodrigo Duarte.
As turbinas de condensação e de contrapressão com patentes da tecnologia podem ser usadas para a geração de energia em diversos segmentos que possuem caldeiras a vapor. Na prática, é como se as operações passassem a contar com uma usina térmica própria, que pode ser usada tanto para o consumo próprio quanto para a revenda de energia.
Além da redução de custos, trata-se de uma forma de abastecimento energética mais segura do que a solar, que não sofre com a intermitência (os períodos de não-produção, como na falta de sol ou no período noturno) e nem depende do fornecimento das distribuidoras de energia. A potência das centrais termelétricas varia de 200 kW a 5000 kW.
“Operamos em diversos ramos que necessitam de vapor no processo, incluindo o agronegócio, como o arrozeiro e o madeireiro, e no segmento de cooperativas, garantindo energia com segurança e menor custo. Em muitos casos, nossas turbinas também contribuem para reduzir o passivo ambiental dessas empresas e ainda pode gerar lucro para o negócio com a venda de energia”, conta o gerente da unidade de Energia da A1 Engenharia, Rodrigo Duarte.
A venda de energia mais interessante hoje, é por meio da Geração Distribuída (GD), onde a venda ocorre dentro do mercado cativo. A energia é vendida à uma empresa, a Cooperativa de Energia, que compartilha essa energia com seus cooperados. Nessa modalidade o preço do MWh vendido fica na faixa dos R$ 400 a R$ 550.
As aplicações das turbinas
No mercado em geral, a turbina de condensação pode ser dedicada à geração de energia para o próprio negócio. “As empresas fazem este investimento para ficarem menos sujeitas às alterações do valor de energia. Nosso foco é em indústrias de porte médio e grande, com faturas a partir de R$ 80 mil ao mês”, explica Duarte. “Basicamente, nós geramos energia a partir do resíduo, a biomassa. Se gerar menos do que consome, há um abatimento na fatura. Se gerar mais, fica como crédito. E, em alguns casos, há produção dedicada para a venda”, ressalta.
A de contrapressão é conhecida como cogeração de energia. Trata-se de uma planta que produz vapor para seu próprio processo produtivo e com a diferença de pressão entre o vapor gerado e consumida, transforma a energia térmica em elétrica. “A lógica é simples: quanto maior o consumo de energia, menor o tempo para o payback de investimento”, explica.
A geração voltada à comercialização ocorre em segmentos específicos, como o madeireiro, arrozeiro e fábricas de açaí. Os excedentes do processo produtivo precisam ser queimados para, sob pena de aplicação de multa devido ao passivo ambiental. “Dessa forma, a empresa torna um risco de penalidade em uma forma de aumentar a sua arrecadação com segurança”, diz.
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