Especializada em atendimentos médicos móveis, a Ecco Salva, empresa com DNA curitibano, completou 27 anos no último mês. Para comemorar a data, a empresa anunciou uma nova filial no Rio de Janeiro, um grande passo para a consolidação da marca em território nacional.
Apesar de já manter unidades em São José dos Pinhais, Araucária e Porto Alegre, desde o final da década de 90, a nova expansão da empresa representa um desafio e tanto. Os gestores da Ecco Salva pretendem aumentar em 50% o número de clientes em um prazo de cinco anos.
Para isso, apostam no atendimento médico geral. “Não concorremos com os planos de saúde, somos um serviço complementar, inclusive ao SUS (Sistema Único de Saúde)”, comenta o diretor-presidente da companhia, Lorenzo Carrión.
“O nosso carro-chefe é o atendimento de emergência e urgência, mas isso não elimina as chamadas mais simples. Nossa central telefônica faz uma triagem, qualifica o tipo de serviço a ser realizado e decide qual é a unidade de apoio a ser enviada. Um médico em sua casa, sem enfrentar o pronto-atendimento”, resume o empresário.
Em entrevista ao Paraná S/A, Carrión falou sobre as oportunidades de negócios que enxerga neste novo cenário.
Por que a Ecco Salva escolheu o Rio de Janeiro para a expansão?
O Rio é uma cidade que tem uma importante carência em serviços médicos. Recentemente teve o fechamento de muitos leitos hospitalares e está em uma situação caótica em relação à prestação de serviços. Além de ser uma das cidades mais importantes do país. Junta-se a isso o fato de que existe uma população idosa significativa, que carece de atendimento móvel, sobretudo nas regiões de Copacabana, Leblon e Ipanema. Temos muito espaço para trabalhar lá.
Qual será o tamanho da operação?
A gente fez uma parceria com um prestador de serviços do Rio. Então estamos levando o nosso conhecimento enquanto marca Ecco Salva, para atendimento ao cliente e vendas. Já o nosso parceiro oferece, através de 35 ambulâncias, uma capacidade de resposta muito ampla na cidade. Pretendemos, em cinco anos, alcançar 100 mil clientes somente no Rio. Hoje, nossa rede é de 200 mil, concentrados na região Sul.
Você considera um grande desafio de atuação entrar em uma cidade deste porte?
Temos uma operação muito semelhante em Porto Alegre, mas nossa expertise vem de muitos anos, com uma atuação nas grandes cidades da América Latina, através de empresas parceiras. Então o Rio de Janeiro se assemelha a cidades colombianas, mexicanas ou argentinas onde atuamos em conjunto, desde 1984.
Depois de 27 anos atuando no Sul, o que o mercado curitibano pode ensinar nesse ramo?
Esta é uma cidade muito planejada e com um tráfego ordenado. Isso desde 1992, quando fundamos a companhia. O que vejo é que o curitibano é muito exigente, então sempre vai pedir por qualidades e cumprimento dos prazos. É algo que desenvolvemos aqui. Agora, a síntese do serviço é a mesma em todo o Brasil. Quem procura atendimento móvel espera comodidade e segurança, além de não precisar se deslocar até um pronto-atendimento.
Desde a fundação, quais mudanças na empresa você acredita que foram fundamentais?
Mais do que tecnologia, como transmissão online de exames e aplicativos de geolocalização - que são muito importantes para aumentar a eficiência - eu diria que o que mais impactou nossa empresa foram as mudanças de filosofia. Até 2013 existia uma triagem do tipo de atendimento que fazíamos, muito ligados a emergência e urgência. A partir daquela data passamos a ir até todos os tipos de atendimento, sem nenhuma restrição.
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